A sociedade precisa dar o seu melhor para prevenir o máximo possível os danos relacionados às drogas e ao álcool. Isso inclui problemas de saúde de longo prazo, sobretudo quanto à saúde mental, lesões, violência e, o pior cenário, mortes. As drogas demandam altos custos para o sistema de saúde como um todo e também exigem grande aparato policial para enfrentamento do tráfico. Outro reflexo é visto no trânsito e os consequentes acidentes decorrentes do uso indevido de drogas e álcool, acarretando em amputados e sequelados de todos os tipos. O uso de drogas também pode estar associado a uma série de questões sociais, incluindo discriminação, desemprego, falta de moradia, pobreza e desagregação familiar. A prevenção e a intervenção precoce baseiam-se na ideia de impedir a ocorrência ou agir antecipadamente para evitar o agravamento. Existem muitos motivos para o uso de drogas, entre eles o trauma e a própria experimentação. Existem também muitos fatores de risco, como a disponibilidade de álcool ou outras substâncias e o uso delas por pares. É preciso desenvolver programas e políticas públicas para proteger sobretudo os jovens e fazer com que eles evitem o uso e abuso dessas substâncias, inclusive as lícitas. Para isso, é preciso investir em educação e na rede de apoio. É importante ter foco na construção dessas estratégias e que os mais diversos segmentos sociais estejam envolvidos nessa luta. Ver o Teatro Municipal cheio para uma discussão desse tipo inspira esperança de que o combate ganha força e se fortaleça, sinalizando para dias melhores.