O caminho da paz
A flexibilidade traz um caráter de adaptação que nem sempre é fácil alcançar. Frequentemente somos levados a embates onde precisamos nos adaptar, e mais do que isto, necessitam decisões sobre o que fazer diante das situações que os outros nos colocam.
Por descuido ou falta de manejo, situações inesperadas desencadeiam sentimentos confusos que nos levam a ter que lidar com a falta de paz e no que isto ocasiona em nós.
Para sentir paz é necessário entender que dentro de cada um de nós existem gatilhos que devemos acionar quando ao redor existe confusão e desejo de embate, sobretudo criando uma distância necessária para não ser confundido com as demandas do outro a ponto de não sabermos mais o que é de cada um.
A paz é possível quando as relações estão ligadas à noção de limite, tendo claro que ela não pode existir onde não se pratica justiça e respeito, que mesmo em situações adversas é capaz de acionar dentro a experiência emocional pacificadora que nasce embasada na igualdade e no reconhecimento do valor da alteridade.
Estar em paz é um exercício das próprias atitudes enquanto mira na transformação interna, agindo a ponto de domar os próprios impulsos ainda em estado latente não o tornando estado de psicose coletiva.
Tanto a guerra quanto a paz resultam do inter jogo das pulsões e estão lado a lado, sendo decisivo em nossas escolhas subjugar o melhor caminho que nasce do próprio desejo e não como imperativo da atitude do outro.
E como tudo na vida, a travessia do próprio ego é o meio individual e seguro que parte do olhar para si e responde enquanto favorece autoconhecimento.
As festas de fim de ano proporcionam uma pausa na correria da vida, sobretudo nos dando a oportunidade de pensar no que vamos levar para o próximo ano e o que deixaremos para trás.
Boas festas a todos, agradeço imensamente meus leitores dizendo que logo retorno depois de uma breve pausa, lembrando que no meu Site e Facebook tem tudo o que escrevo na semana.
Música “Futuros”, Chico Buarque.
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