Para quem não conhece, esse termo foi cunhado pelo escritor Nelson Rodrigues, no final dos anos de 1950, na qual descreve a necessidade de rebaixar as qualidades nacionais em relação a um enaltecimento de coisas estrangeiras, principalmente as americanas.

De tempos em tempos, em especial, os últimos seis anos, o brasileiro tem vivido o viralatismo de forma mais intensa, apontando como o Brasil sendo um lugar terrível, sem qualidades, enaltecendo pessoas que afrontam cotidianamente a soberania nacional, pessoas essas que não estão preocupadas realmente com espírito democrático, mas em ver sua conta bancária crescer cada vez mais enquanto fomenta esse sentimento de baixa autoestima.

Não se enganem, quanto mais batemos palmas para quem é de fora, renegando o Brasil, mas mostramos nossa incapacidade de gerar pensamentos críticos e agirmos de acordo com o efeito mamada, que é o de seguir comandos já feitos por um coletivo, sem refletir sobre eles. De forma cega e irrefletida. Um exemplo claro é quando falamos que a vacina da Covid-19 feita no Brasil é inferior a uma externa, deixando de tomar e expondo a si e a outrem ao risco de contágio.

Chega de pedantismo, de ficar aplaudindo pessoas, culturas externas, chega dessa vergonha nacional, de ficar em palanque, pedindo aplausos a um bilionário já envolvido com outros ataques a outros países, como se esse fosse um salvador, um messias... Olhemos para o nosso Brasil de forma que, sabedores dos problemas que cá existem, busquemos melhorar constantemente, através da manifestação pacífica sem fake news, sem destilar ódio nas redes sociais.

Acima de tudo, o brasileiro precisa se politizar e falo no sentido não partidário, mas de estudar propostas, passado político, impacto das propostas de cada um na sua vida e no coletivo inserido. Não adianta reverberar asneiras só porque elas se afinam com seus pensamentos. Só assim, o brasileiro vai se afastar gradativamente do sentimento de vira-lata que tanto nos acomete.