Nuvens de vapor aumentam risco de câncer de pulmão

Ah, o agosto branco chegou, trazendo consigo uma nova temporada de pânico para os amantes de fumaça. Este mês é dedicado a nos lembrar que o câncer de pulmão não é exatamente o presente mais desejado. E a campanha deste ano vem com uma revelação impactante, como descobrir que água molha: fumar faz mal à saúde. Quem diria?

O Instituto Nacional de Câncer, em sua infinita sabedoria, nos apresenta a previsão alarmante de 32.560 novos casos de câncer de pulmão por ano até 2025 no Brasil. No Rio de Janeiro, são três mil novos pacientes anuais. Fumar parece ser tão popular quanto uma escola de samba durante o carnaval.

Desde os tempos antigos, o homem aprendeu a mascar folhas de tabaco, um hábito que alguns ainda mantêm com um orgulho quase arqueológico. Depois, vieram os cigarros sem filtro, uma inovação tão brilhante quanto a invenção do fogo. A indústria do tabaco então se aprimorou e industrializou a produção, transformando o ato de fumar em uma experiência quase moderna e globalizada.

Mas a história não para por aí. Ainda há um grupo de entusiastas que insiste em manter viva a tradição dos charutos e cachimbos, como se fizessem parte de uma confraria secreta de fumantes. É quase como uma tentativa de manter viva a chama do passado em um mundo que está cada vez mais consciente dos perigos.

O grande astro da vez é o cigarro eletrônico, o novo “milagre” das nuvens de vapor. O que não nos contaram é que, apesar de parecer menos ameaçador do que uma miniatura de fogos de artifício, esses dispositivos também estão recheados de substâncias carcinogênicas. É como se, em vez de um cachorro grande que pode te morder, agora tivéssemos um cachorro pequeno que pode te lamparinar até a morte. E, para apimentar ainda mais o enredo, temos a indústria do tabaco pressionando para liberar o cigarro eletrônico, como se o truque de mágica não pudesse ser mais evidente. A serpente não aparece até ter dado o bote, e a nova moda do vapor é apenas uma nova maneira de continuar o velho truque.
Com todos esses detalhes, o cenário do câncer de pulmão é tão claro quanto uma xícara de café turvo. Mesmo com todos os avanços da medicina, o câncer de pulmão continua a ser um dos protagonistas mais mortais de um drama trágico.

Se você ainda não abandonou o cigarro, saiba que está a caminho de se tornar uma estatística altamente indesejada. E se você acha que o cigarro eletrônico é a resposta para todos os seus problemas, temos um convite especial para um chá de revelação do futuro mais sombrio. Porque, no final das contas, é tudo uma questão de saber o quão rápido você deseja dançar com a morte.

 

Gregório José

Jornalista, radialista e filósofo

Autor

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Artigos de colaboradores e leitores de O Regional.