Novo papa e sua missão
É certo que a eleição de um novo papa é sempre um momento de renovação e esperança de novos tempos, de novas caminhadas em torno da igreja católica, fazendo com que haja entendimento entre os homens, no sentido amplo de paz, evitando os conflitos existentes na atualidade, onde centenas ou milhares de vidas foram vítimas fatais em decorrência desses conflitos.
Leão XIV, em seu pronunciamento por ocasião do primeiro discurso, conclamou a paz de "Cristo ressuscitado", uma paz desarmada e desarmante num gesto brilhante na sua primeira manifestação.
Sua santidade revela não apenas a sensibilidade pastoral, mas também a visão profética: a paz que o mundo necessita, da coragem do diálogo, da promoção da justiça e da misericórdia.
Robert Prevost de 69 anos será o 267º. papa ocupante do trono de São Pedro e já conhecido mundialmente por Leão XIV. Ele será o primeiro americano a ocupar o posto de papa, embora também seja considerado um cardeal latino-americano devido aos muitos anos que passou como missionário no Peru, antes de se tornar arcebispo.
O novo sumo pontífice disse à multidão que o ouvia na Basílica de São Pedro que é membro da ordem agostiniana, a primeira da igreja católica romana em sintonia com a posição clerical com uma vida comunitária plena. A ênfase moderna tem sido na missão, na educação e no trabalho hospitalar.
Como líder espiritual dos católicos, o papa tem a função de conduzir a igreja em fé e moral, promovendo a unidade entre os fiéis, um dos documentos mais importantes textos do concílio vaticano ocorrido em 1.964.
O papa Francisco se foi. Cumpriu a sua missão com coragem, compaixão e coerência. Não foi apenas um líder religioso. Foi um homem que se dedicou a transformar com gestos e palavras, uma igreja muitas vezes distante em uma casa mais aberta, humana e consciente do mundo ao seu redor.
Seu pontificado marcou uma virada. Francisco levou a igreja às periferias não geográficas, mas existenciais. Falou com os pobres e por eles. Denunciou a desigualdade como pecado e a indiferença como doença. Rejeitou os privilégios, optando pela simplicidade e nunca deixou de lembrar que a dignidade humana está acima de qualquer sistema ou ideologia.
Desde já, damos as boas-vindas ao novo papa. Sabemos que não será uma cópia de Francisco, nem deve ser. Terá seu próprio rosto, sua própria voz e sua própria missão, mas já o admiramos em toda a sua plenitude e com todo o seu esplendor.
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