Todo início de Refis, o programa de recuperação fiscal, há quem proteste por acreditar que esse tipo de iniciativa beneficia os maus pagadores. A repetição anual da oportunidade de negociação também favorece essa visão, já que, em teoria, ficaria fácil para o contribuinte rolar seus compromissos o ano todo por saber que, na virada do exercípio, poderá reparcelar e até ter desconto de juros e multas como incentivo. Por outro lado, faltam estímulos para o pagamento em dia, tido como mera obrigação. Claro que ninguém quer ficar devendo para o município ou para quem quer que seja, até porque, ainda que a renegociação exista, esse atraso todo acaba se transformando em uma grande bola de neve, na linguagem popular. Ainda que o embate e as contestações sobre o Refis estão longe de acabarem, em tempos pós-pandemia a iniciativa parece favorável, tanto para a administração pública quanto para o cidadão que segue com as contas apertadas. Quem se enrolou e, com a melhoria da economia, conseguiu reorganizar a vida, agora tem a chance de colocar as contas com o poder público em dia também. Para a gestão pública, o recurso que entra também é favorável, pois dá fôlego financeiro e possibilita novos investimentos. Já aquele sujeito que está apenas empurrando suas contas com a barriga, seja por desinteresse ou por total impossibilidade financeira, nem mesmo o Refis dará cabo. Para quem ficou interessado nessa história toda, a adesão ao Refis exige atendimento pelo telefone da Prefeitura 17 3531-9100, no site da Prefeitura de Catanduva ou presencialmente. No caso da Saec, o contato de ver feito pelo telefone 3531-0600 ou presencialmente.