O badalar dos sinos da Igreja Matriz de São Domingos deve reavivar memórias de centenas de catanduvenses que assistiram às missas celebradas por Padre Albino dentro daquele templo católico. Também, inspirar pensamentos saudosistas de quem acompanhou a evolução dos tempos e viu que, com o passar dos anos, aquelas peças históricas foram esquecidas e silenciaram.

Os sinos remontam a outra fase da trajetória da cidade e, agora, passam a fazer parte do momento presente. Algo bonito de se pensar e constatar.

Aliás, a reforma do prédio histórico como um todo é motivo de satisfação e uma ação justa para preservar tal patrimônio, talvez o mais importante de Catanduva, e possibilitar, muito em breve, que tal cartão postal – já tão belo – possa ser ainda mais admirado.

A riqueza cultural que aquelas paredes carregam é imensa, afinal, ali estão inúmeras telas e obras de Benedito Calixto, compondo o maior acervo do pintor em um único local.

Além de todo o valor sentimental e histórico para a comunidade local, católica ou não, a Igreja Matriz também é um ponto de turismo, com potencial para atrair visitantes de várias localidades, sobretudo se colocado dentro de um roteiro bem estruturado. Convenhamos: se isso tudo não for um tesouro a ser valorizado e preservado, nada mais será.