No último minuto, mas ainda em tempo

A fama de deixar tudo para a última hora persegue os brasileiros. Há quem diga que é algo cultural, mas também há provas de que não é exclusividade nossa. No que cabe a nós, Procrastinamos ao acordar, quando pedimos mais alguns minutos para o alarme, quando deixamos aquele e-mail chato para responder depois e até esquecemos e até quando enrolamos para ir ao banheiro... Mas a questão das compras de final de ano talvez supere todos esses exemplos. Isso porque o 25 de dezembro está ali no calendário o ano todo, no último mês, encerrando o cronograma de compras. Convenhamos que há pouquíssimos aniversários depois dela e, com isso, é bem provável que as últimas aquisições sejam realmente feitas para o Natal. Ainda assim, apesar de o comércio trabalhar em horário estendido por semanas e de a maioria dos prestadores de serviços redobrarem as energias nessa época, já que todos sabem que o 13º salário vai cair nas contas e que o movimento vai aumentar, as pessoas tendem a procurar pelas soluções de seus problemas lá no finalzinho, em cima da hora, aos 45 do segundo tempo – só para aproveitar o jargão futebolístico em ano de Copa do Mundo. Talvez a organização realmente não seja o forte do brasileiro, nem a financeira, tampouco a do tempo. Apesar de tudo, mesmo não sendo mestres nessa área, talvez tenhamos outras vantagens, por saber levar a vida e driblar tantas dificuldades impostas pelos políticos e pela nossa própria realidade. E assim chegamos ao Natal e ao Ano Novo, de olho no relógio e à espera por dias melhores.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.