Negligências

A vida oferece múltiplas possibilidades de crescimento e progresso. Todavia, as negligências são tão diversas quanto as pessoas chamadas ao trabalho redentor. O chamado dos prazeres da carne, da glutonice ou das substâncias inebriantes faz com que o amanhã se torne a resposta de praxe. Negligenciar o bem para os outros também se reflete em não melhorar a própria vida. A estagnação e a resistência do progresso, de não avançar devido ao medo, a preguiça, a falta de conhecimento.

Por outro lado, quem aceita os chamados do trabalho, do estudo edificante, da educação moral, da caridade, movimenta as rodas da riqueza. De prosperar através da ação voluntária e recorrente. A consciência e a conduta de fazer o certo no ritmo e na precisão adequada para que os frutos apareçam com o tempo. Mais do que esperar que a vida recompense de maneira aleatória, o avanço devido ao descarte das negligências. De dizer "sim" aos desafios e empecilhos da existência. De ajudar com força e vontade a realização do trabalho para o bem geral. De ser alguém que valoriza e multiplica o bem, as boas obras para uma vida digna.

Uma existência baseada não nos prazeres do ego ou da vaidade, mas do altruísmo e da caridade. Agir de forma caridosa é valorizar a solidariedade, o trabalho em grupo, a ação comunitária que suaviza os problemas e intensifica a colaboração. Por meio da ajuda ao próximo, os hábitos virtuosos são apreendidos e colocados à servitude do bem universal com repercussões na própria felicidade pessoal.

 

Paulo Hayashi Jr.

Doutor em Administração, professor e pesquisador da Unicamp

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Artigos de colaboradores e leitores de O Regional.