O mundo está sempre em constantes mudanças e acompanhar os avanços tecnológicos se faz necessário, dessa forma, justifica-se a ascensão de novas formas de trabalho como os Youtubers, os Influencers e por ai vai. Pessoas que aproveitaram o momento oportuno para fazer dinheiro em cima das mudanças sociais que o mundo vem passando. 

De fato, não é errado usar as diversas tecnologias a seu favor para conquistar sua fonte de renda, errado é se valer da sua própria imagem para divulgar assuntos sem fundamentos, informações sem relevância científica, ou como muitas vezes, exercer o charlatanismo ao propor milagres nas redes sociais. É fácil encontrarmos diversos “coaches” sem formação específica criando estratégias alimentares que fogem a base da razão humana, além de outros tantos com treinamentos físicos e por aí vai. 

Me parece que estamos entrando em uma era do narcisismo midiático, onde as pessoas preocupam-se mais com a sua imagem transmitida nas diferentes plataformas, do que com a mensagem que realmente passam, ou pior, pouco se preocupam com a veracidade e/ou impacto daquela imagem aos seus seguidores, que muitas vezes, compram tal ideia por diversos outros fatores envolvidos. Não se trata apenas da imoralidade do ato, mas sim de apenas ter uma imagem relevante, sem preocupar-se com ninguém.  

Seria talvez, uma resposta demagógica da carência afetiva que o mundo atual vive? Demagogia, com certeza, o que nos faz refletir mais profundamente o que leva milhões de pessoas a reproduzirem mentiras sem preocuparem-se com o impacto negativo das mesmas, desqualificarem estudos científicos para exaltar os milagres messiânicos vindos da abobalhada mente de algum lunático.

Entretanto, algo é realmente nítido nesta estrutura, há um narcisismo imperando nas mais diversas redes sociais e quem está por detrás das câmeras ou fotos, preocupa-se apenas se o filtro estará realçando sua pele, se a sua imagem será clicada milhões de vezes, apenas realçando o amor por si mesmo, sem aqui o lago que consumiria Narciso na mitologia.