Napoleão, em exibição no CineX desde o dia 23, é o mais novo filme sobre esse personagem histórico quase maior que a história. O diretor Ridley Scott é mais conhecido por um drama histórico como Gladiador ou ficções científicas como Alien e Blade Runner. Mas ele já lidou com o período napoleônico em um dos seus primeiros filmes, Os Duelistas (1977). Curiosamente, o ator, Joaquin Phoenix, já viveu outro imperador em filme de Ridley Scott, o romano Comodus, em Gladiador (2000).

Napoleão narra a ascensão e queda do imperador francês, desde suas origens como oficial de artilharia até seu exílio na ilha de Santa Helena, passando por suas conquistas militares, políticas e amorosas. O filme também destaca o relacionamento de Napoleão com sua esposa Josephine (Vanessa Kirby), que foi uma fonte tanto de inspiração quanto de conflito para o imperador, até o fim dos seus dias. E isto não é nenhum spoiler, exceto se você fugiu das aulas de história ou nunca assistiu a um programa do canal History...

A produção foi baseada em fatos históricos, mas também inclui alguns elementos de ficção para dramatizar a história. Napoleão teve um orçamento estimado em 200 milhões de dólares, filmado em vários locais da Europa, como na própria França, Itália, Espanha e Inglaterra, e contou com a participação de mais de 10 mil figurantes.

Napoleão Bonaparte foi um dos líderes militares e políticos mais influentes da história, gerado pela Revolução Francesa. Sua vida e seus feitos inspiraram diversos filmes ao longo dos anos, desde Napoleão (1927), dirigido por Abel Gance, um clássico do cinema mudo; Waterloo (1970), de Sergei Bondarchuk, foi outra superprodução que recriou a batalha final do imperador contra as forças britânicas e prussianas. Napoleão e Joséphine: Uma História de Amor (1987), dirigido por Richard T. Heffron, é uma minissérie que narra o romance entre Napoleão e sua primeira esposa. E finalmente, Napoleão (2002), dirigido por Yves Simoneau, é uma minissérie que abrange toda a vida de Napoleão, desde sua infância na Córsega até seu exílio em Santa Helena. Napoleão, também foi o filme que o diretor Stanley Kubrick (2001: Uma Odisseia no Espaço, Laranja Mecânica) nunca conseguiu realizar. E, desde já, é praticamente certo que o novo filme de Ridley Scott receba uma penca de indicações para o próximo Oscar, ano que vem.