Um dos erros mais comuns da maturidade é a falta de amor próprio. Isto mesmo! Muitas pessoas crescem, mas ainda sentem aquele desejo de agradar todos que estão em sua volta de uma maneira absurda. Outros depreendem um sentimento de tentar fazer o melhor e suprir as necessidades do outro e esquece de que, nem tudo que é bajulado demais, merece nossa atenção, carinho e respeito.

Aliás, devemos respeitar mais os nossos sentimentos do que devotar demais a outra pessoa. Vejam exemplos de pais que “mimam” demais os filhos, que estes esquecem de crescer e serem pessoas fortes e que sabem lidar com os próprios sentimentos ou sentem-se derrotados a cada negativa que surge à sua frente.

Teimamos em nutrir em relação às pessoas erradas mais por medo de machucar e magoar o outro e vamos nos desvalorizando como seres humanos. E, muitas vezes, este relacionamento está fadado ao insucesso ou mesmo às perdas indescritíveis e que, na atualidade, descamba cada vez mais para ataques irracionais, muitos deles terminando na morte de um dos parceiros. Isso quando nos pautamos pelos casos amorosos. Cada vez mais somos surpreendidos com feminicídios em todas as classes sociais.

Temos que saber a hora certa de nos retirarmos dos relacionamentos amorosos, de negócios (se somos humilhados no trabalho ou por colegas), se podemos superar ou apenas vivermos em paz, longe daquele ambiente! Precisamos ter muita sabedoria e confiança em nós mesmos. No entanto, temos o gatilho do amor, da paixão, da submissão. Precisamos tentar não querer agradar sempre as pessoas que nos rodeiam, muitas não merecem nossa atenção total, outras devem sentir nossa falta.

É bom lembrar-se que é impossível agradar de forma unânime, afinal cada ser possui as próprias expectativas, uma vez que muito daquilo que oferecemos não corresponde às expectativas de várias pessoas. Liberte-se da necessidade de ser querido por todos e de querer conseguir isso, você terá que vestir várias máscaras por dia. Não se afaste da sua essência, suas verdades, daquilo que alimenta o seu coração.

Gregório José

Jornalista, radialista e filósofo