Não tem vacina, mas é fácil combater
Além de febre e mal-estar, o vírus chikungunya pode provocar complicações no longo prazo, como inflamações nas articulações, que causam dores fortes, inchaço e limitação de movimento. São sintomas parecidos com os da artrite reumatoide. Casos mais raros de problemas neurológicos, a exemplo da Síndrome de Guillain Barré, já foram reportados. Ou seja, a confirmação de um novo caso da doença em Catanduva não é notícia qualquer; muito pelo contrário, o caso exige especial atenção das autoridades, agentes de saúde e da população. Em São José do Rio Preto, já são 28 confirmações este ano, ou seja, quase três dezenas de pessoas que poderão enfrentar problemas sérios de saúde e, claro, correndo riscos. Há, ainda, pelo menos outros 11 casos em investigação. Estudo realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com apoio da farmacêutica-bioquímica e doutoranda do Programa de Ciências Médicas da Universidade Federal do Ceará, Shirlene Telmos, comprovou que a infecção por chikungunya é ainda mais grave: o vírus pode se alojar no cérebro. De acordo com a pesquisa, a letalidade da doença é maior em jovens adultos e não em crianças ou idosos. Já os diabéticos têm mais chances de vir ao óbito entre 20 e 90 dias após a infecção. Os dados preocupam os cientistas porque ainda não existem vacinas contra a chikungunya. Mas a boa notícia é que combater o vetor da doença é fácil: basta eliminar os focos do Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue.
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