Não há incautos no silêncio
Não tão distante de nossos círculos sociais, há quem admire discursos de ódio, de xenofobia, de discriminação sob as falas como tais: “Tudo é mimimi”, “Tudo é crime, não se pode brincar mais”, entre outras tantas justificações absurdas existentes.
É notório que muitos conceitos hoje já não se adequam mais à atual estrutura social, todavia, a insensatez, movida por uma ideologia pragmática, enaltece e torna vivaz comportamentos que outrora estavam sendo reprimidos pelo córtex pré-frontal, mas, que devido ao aumento do desengajamento moral, o controle inibitório já não existe mais. Há uma figura que norteia a insensatez, que dá vez e voz aos comportamentos odientos.
Pior ainda quando a insensatez dá lugar à vulgarização e à relativização das condutas sociais, confundindo liberdade com libertinagem, brincadeiras com ofensas e preconceitos, lutando com unhas e dentes em perpetuar senda de ódio, tentando a todo custo a descriminalização da virulência existente em tais comportamentos.
É preciso compreender que não há liberdade irrestrita, nem tampouco a possibilidade de agir criminosamente sob tais argumentos. E nós, enquanto partes da sociedade, não podemos aceitar quietos, não há incautos quanto o silêncio frente à opressão e violência reina. É preciso agir, desde o período eleitoral.
Precisamos usar de forma mais certeira nosso cérebro, pesquisar informações, ler mais, nos aprofundar mais nos mais diversos assuntos, para assim deixarmos de ser Massa e passarmos a ser Povo de verdade, um povo pensante e ciente de sua função social, que não é apenas o de um número durante o pleito, mas sim um organismo vivo e com potencial de mudar àqueles que estão a sua volta.
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