Não há incautos na guerra

Para estabelecermos uma direção lógica para a construção da nossa ideia, é necessário deixar claro que o país de Israel da atualidade distancia-se muito do encontrado nas escrituras sagradas, dessa forma, não vamos nos apegar aos extremos religiosos como embasamento.

Quaisquer que sejam os motivos que causam guerras, não existem incautos, exceto aqueles que sofrem no meio de uma disputa armada e que muitas vezes ceifa vidas que sequer conhecem os motivos causadores do conflito.

Milhares de pessoas sofrendo com a atrocidade de uma guerra, fome, sede, insegurança e medo que assolará por anos a fio a vida de cada um que foi diretamente e indiretamente impactado pela contenda, o pior, os mandantes estão seguros em seus quarteis, apenas orquestrando novas formas de ataque e defesa, novas formas de massacre da vida humana.

Mas a guerra é isso, alguns poucos definem o destino de muitos, sem se importar com o valor da vida, sem se importar com o amanhã, qual o valor da vida? Se alguns morrerem, são colaterais aceitáveis, desde que impere as ordens e o desejo extremo de exterminar o outro lado.

Não há incautos na guerra, mas apenas para aqueles que desejam, manipulam, estimulam e constituem o conflito armado, os demais, são peças descartáveis em um tabuleiro que já prevê descartes, nem que seja sacrifício dos seus para perpetuar a estratégia de dominância. Enquanto isso, os demais países observam tal massacre, apáticos, poucos realmente manifestam algum sentimento ante ao horror vivenciado por esses povos.

O mais triste de tudo é observar que enquanto ainda houver a necessidade de dominância de alguns, a guerra sempre estará a um mísero estalo de se iniciar, sendo que deveríamos nos unir para um mundo mais sustentável, digno para todos, sem exceção. Oremos para que nossos governantes realmente olhem pelo lado da humanidade e não dos imperativos do poder.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva