Não custa relembrar
Dois buracos estão crescendo há duas semanas na rodovia que liga Catanduva a Novais sem que nenhuma autoridade tomasse providência. Segundo relatos, os veículos estão avançando a pista oposta na tentativa de fugir da depressão na pista e, com isso, colocam suas vidas e dos outros em risco. Há alguns dias, um caminhão bitrem fez exatamente isso e, por pouco, não houve grave acidente no local. Para apressar as coisas, não custa relembrar que, em 2016, depois que a ponte que fica bem perto daquele ponto, sobre o córrego dos Tenentes, foi levada pelas chuvas de janeiro. A partir daí, seis pessoas morreram em mais de dez acidentes que aconteceram naquele local. Muitas delas caíram na cratera, que tinha cerca de 25 metros de comprimento e oito de largura. Uma motorista trombou na barreira de concreto colocada justamente para evitar a queda, e também morreu. Durante a interdição da ponte, por quase dois anos, moradores das cidades de Novais, Tabapuã, Embaúba e Catanduva foram prejudicados, já que ela era um dos principais meio de acesso entre essas localidades. Naquele período, os condutores precisavam se arriscar por uma ponte improvisada em uma estrada de terra, que comportava um carro por vez. Reconstruída, a ponte foi liberada em 2018. Mas nada disso apaga a memória de uma das maiores tragédias viárias da região, que foi assistida, de forma pacífica, pelas autoridades.
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