Não baixar a guarda

Prudência no mundo-escola deve vir conjugada com o verbo vigiar. Há muitos desvios e caminhos que podem atrapalhar o trabalhador fiel que busca vivenciar sua vida com dignidade. Desde distrações de lazer até mesmo a perda de tempo e recursos que oneram a conta do destino. Mais do que simples estar no mundo, de viver atento a todas as oportunidades de edificação e melhoria, assim como também de evitar os tropeços, as quedas e as armadilhas que levam ao peso na consciência e ao remorso com reajustes posteriores. Nada mais constrangedor para aqueles que têm talento de fazer pouco ou abaixo do desejado. É perder para si mesmo, para suas más inclinações e vícios.

Como jardineiro bom e fiel do Senhor, cada pessoa tem que aprender a cuidar dos inços que sorrateiramente avançam sem chamar a atenção. A vigilância atenta sem baixar a guarda.

Além disso, a vontade, quando bem utilizada, tem forças suficientes para bloquear os vícios e ajudar na empreitada de honrar a existência por meio das obras edificantes. Resultados estes não baseados no ego ou no orgulho, mas na caridade desinteressada e no altruísmo que semeiam o bem para todos. Mais do que o combatente que dorme no ponto, sejamos aqueles que sabem seus momentos de recolher para seu reino interior para o devido fortalecimento. Se a cada um segundo as suas obras, conforme as escrituras sagradas, também não podemos deixar de destacar que é vital comprometimento e atenção para que as fecundas sementes não se percam. Com o tempo, o acúmulo dos bons resultados vem sem sobressaltos ou surpresas.

 

Paulo Hayashi Jr.

Doutor em Administração, professor e pesquisador da Unicamp

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Artigos de colaboradores e leitores de O Regional.