Morosidade

A demanda pela recuperação da rodovia vicinal Natal Breda, que liga Olímpia a Tabapuã, já se arrasta desde 2021, quando a via foi incluída no programa estadual “Novas Vicinais” e sua reestruturação foi dividida em dois trechos: um pertencente a Tabapuã e outro a Olímpia. Enquanto o lado de Tabapuã foi concluído, o trecho de Olímpia enfrentou dificuldades. A empresa vencedora da licitação iniciou a obra em janeiro de 2022, mas abandonou os trabalhos após recuperar menos de 1 km, alegando defasagem nos recursos e agravamento das condições da estrada. Agora, com a homologação da licitação pelo Governo do Estado, a expectativa é que a recuperação da vicinal seja concluída ainda no primeiro semestre deste ano. Essa demora não é exclusividade da Natal Breda, na verdade é quase regra. A pista entre Catanduva e Catiguá, que leva o nome de Vicente Sanches, também foi objeto de longa novela em busca do recape. A cada chuva, essas e outras estradas sofrem danos, apresentam rachaduras e até crateras que nem sempre são solucionadas com a velocidade necessária, elevando o risco de acidentes – sem contar os problemas que podem ser causados aos veículos. Ou seja, não dá para ficar buscando licitações pontuais para atender cada vicinal no momento em que ela está pra lá de destruída. A gestão estadual precisa manter os recapes como rotina, assim como deve acontecer nas rodovias concedidas. Os contratos de manutenção precisam ser contínuos, com trabalho cíclico que percorra todo o estado, tomando como base o tempo que cada local leva para se deteriorar, sem colocar em risco a segurança dos usuários. Vale lembrar que tais vias estão sob responsabilidade dos municípios, mas é mais do que sabido que os mesmos não têm recursos para manutenção, ou seja, é muita coisa que precisa mudar. Passou da hora de avançarmos nesse quesito.
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