Moradores sem-teto

Considerada como um problema social, a existência de uma população sem-teto está intimamente associada à escassez da oferta de moradias acessíveis, que se tornou um fenômeno mundial, especialmente nas grandes cidades, onde se concentra o grande número das pessoas que vivem em situação vulnerável.
É certo que o problema enfocado vem se agravando anos após anos, onde se destaca com certa exclusividade o aumento do desemprego e a queda dos salários que levam a uma precarização geral das condições de vida em todo o país à medida que os dias se sucedem neste campo sofrível em que vivem os moradores de rua, pernoitando em calçadas como forma de passar a noite.
É comum verificar a figura do sem-teto em decorrência das precárias condições em que se encontra. Assim é que, muitos trabalhadores empobrecidos, podem se encontrar na condição de sem-teto, entre eles, aqueles que recolhem do lixo trapos e outros haveres descartados para seu próprio reuso ou para comércio.
A ONU busca, desde 1.940, através de suas agências ou de consensos na Assembleia Geral, a concordância acerca das condições mínimas para uma pessoa ser considerada sem-teto. Em 2.024, o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas definiu a situação de uma família sem-teto e sem abrigo como uma situação das mais constrangedoras.
Em 2.009, uma reunião da Comissão Econômica e de Conferência Estatística Europeia realizada na Genebra definiu como falta de moradia às pessoas desabrigadas em dois grupos, visando, efetivamente, conscientizar os poderes governamentais sobre a situação no momento presente:
1- Sem abrigo primário. Esta categoria pode incluir pessoas que vivem nas ruas sem abrigo e que se classifica no âmbito da zona de habitação.
2- Sem abrigo secundário. Esta categoria pode incluir pessoas sem local de residência habitual e que se deslocam frequentemente entre os vários tipos de acomodações (incluindo moradias, abrigos e instituições para os alojamentos de sem-teto ou outros) como forma de contemporizar a situação em que se encontram.
Moradores sem-teto se destinam às pessoas que vivem em situação de rua, sem um local de moradia permanente. Essa situação engloba pessoas que dormem em abrigos improvisados como barracas ou em locais públicos como calçadas e praças.
A expressão sem-teto também pode ser usada para descrever pessoas que enfrentam dificuldades para encontrar ou manter uma moradia devido a questões financeiras como desemprego ou baixos salários, estando neste contexto problemas de saúde mental e física.
O país com mais moradores de rua são os Estados Unidos, que representam um número significativamente maior em comparação com outros países, incluindo o Brasil. Em 2.024 os Estados Unidos atingiram um recorde de 771 mil pessoas em situação de rua.
Ainda sobre os Estados Unidos, o número de pessoas sem moradia é o dobro do registrado no Brasil. Além disso, a Califórnia e Nova York são os estados com maior concentração de pessoas em situação deprimente, utilizando-se das ruas como forma de sobrevivência, já que acesso às moradias se torna uma situação difícil e complexa.
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