Microcosmo social

O discurso sem sustentação na realidade não convence mais. Isso pode até ter funcionado bem no passado, mas hoje os tempos são outros. Quando a Câmara e/ou seus vereadores diziam estar fazendo as melhores coisas para a comunidade, quando na verdade o faziam somente para eles próprios, a retórica até colava para alguns, porém, pouco a pouco passou a ser facilmente desqualificada.

Basta analisar a última eleição e constar que grande número de parlamentares ficou pelo caminho, muitos deles com apenas um mandato e outros nomes até “tradicionais” do meio. Arrisque postar um texto falando mil maravilhas sobre os parlamentares brasileiros, de forma geral sem especificar um ou outro, para ver que as críticas são muitas – hoje em dia, inclusive, sobre as excessivas moções e homenagens feitas como rotina.

Com esta ótica, são extremamente positivas as notícias recentes da Câmara catanduvense: do concurso público que se aproxima, passados 25 anos desde o último, e da possível contratação de estagiários, estreitando laços da Casa de Leis com a comunidade. Por quê? Porque simplesmente é assim que tem que ser.

É fazer mais do que falar, estar verdadeiramente integrado à sociedade, dar atenção aos anseios sociais, agir pelo bem de todos e não de alguns. Os poderes precisam ser modelo, referência em vários temas, e não alimentar a descrença dos cidadãos com a política e a coisa pública.

Talvez a Câmara, neste sentido, tenha até mais responsabilidade do que os demais, já que ali estão representantes do povo, pessoas de origens, trajetórias e ideologias diversas que, na soma dos 13, representa um microcosmo da população como um todo.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.