Meus trechos dos outros – Parte II

Parte final dos trechos catalogados em arquivo extraídos de livros, revistas, jornais, vídeos, séries, filmes e até mesmo das falas ou escritos de pessoas. 8)- “Você – somente você – terá as estrelas, de uma maneira que ninguém as tem. Em uma das estrelas eu estarei vivendo. Em uma delas eu estarei rindo. E assim será, como se todas as estrelas estivessem rindo quando você olha para o céu à noite. Você – somente você – terá as estrelas que podem rir. Eu te amo. Eu sinto a sua falta. Vou tentar continuar olhando para cima.” – Zelda Williams (filha de Robin Williams), citando trecho do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. – 9)- “Ouvi a mãe se perguntando: – Por que a vida dos cães é mais curta do que a dos seres humanos?... Pedro disse: – "Eu sei por quê." A explicação do menino mudou minha maneira de ver a vida. Ele disse: – ''A gente vem ao mundo para aprender a viver uma boa vida, como amar aos outros o tempo todo e ser boa pessoa, né? Como os cães já nascem sabendo fazer tudo isso, eles não têm que viver por tanto tempo como nós.'' – Entendeu?” (Trecho do artigo do colunista publicado no O Regional - “Aprendendo com os cães”) – 10)- “Conta-se que um poeta russo, ao visitar no começo do século passado o cemitério de uma pequena cidade no interior do país, ficou impressionado em ver registrada nos túmulos o que julgou ser a idade do falecido – e todos com pouca idade. Disse ao seu acompanhante: ‘Deve ser um cemitério de crianças’. Ao que o interlocutor lhe respondeu: ‘Não, é o cemitério da cidade. Mas aqui nós só colocamos o número de anos em que, efetivamente, serviu o próximo’. Oscar poderia ter, no seu túmulo, certamente, registrado quase todos os anos de sua vida”. (História relatada por Ives Gandra da Silva Martins, no artigo em que homenageia o ex Min.do Supremo Oscar Dias Corrêa. Jornal Folha, pag. A3, 01/02/2021). – 11)- "Os rios não bebem sua própria água; as árvores não comem seus próprios frutos. O sol não brilha para si mesmo; e as flores não espalham sua fragrância para si. Viver para os outros é uma regra da natureza. A vida é boa quando você está feliz; mas a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por sua causa". (Papa Francisco) – 12)- Em 22 de junho de 1855, na página 4 do jornal Correio Mercantil, da Bahia, havia um anúncio interessante. No pequeno reclame, o professor Antonio Gentil Ibirapitanga narrava suas auspiciosas experiências ao utilizar, nos primeiros anos escolares, o chamado Método Castilho. Desenvolvido pelo escritor português Antonio Ferreira Castilho, dois anos antes, em Portugal, o método prometia uma alfabetização muito rápida, por meio de uma cartilha. Adotando-o em Salvador, o professor Ibirapitanga contava o seguinte: "A respeito de gramática, pelo método, fiz experiência com o filho do Sr. Dr. João José Barbosa de Oliveira; esse menino de cinco anos de idade é o maior talento que conheço em 30 anos de magistério; em 15 dias fez análise gramatical, e distinguiu as diferentes partes da oração e conjugou todos os verbos regulares." A criança prodígio a que se refere o professor era ninguém menos do que Rui Barbosa, que já nos primeiros anos de vida demonstrava os apanágios de sua incrível capacidade intelectual. Na quarta-feira, 1º de março, na passagem do centenário de seu falecimento, o Brasil deverá reverenciar esse grande vulto de sua história, que está praticamente em todas as cidades brasileiras denominando uma rua, avenida ou praça. (Fonte: Informativo Migalhas 27/02/2023) – 13)- Monteiro Lobato, em sua obra “O Reformador do mundo, conta que Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de criticar tudo a seu redor, achando que o mundo e a natureza estavam errados. Ele acreditava que poderia reorganizar as coisas de maneira mais lógica, como trocar os lugares das jabuticabas e das abóboras (a árvore da primeira era grande demais para frutos tão pequenos). Um dia, enquanto descansava à sombra de uma jabuticabeira, ele adormeceu e sonhou que havia reformado o mundo conforme suas ideias. No entanto, foi abruptamente acordado por uma jabuticaba que caiu em seu nariz. Ao despertar, Américo percebeu que, se suas mudanças fossem implementadas, ele poderia ter sido atingido por uma abóbora, o que poderia ter sido fatal. Isso o fez refletir e reconhecer que o mundo não era tão malfeito assim, abandonando a ideia de corrigir a natureza e aceitando as coisas como elas são.”

Autor

José Carlos Buch
É advogado e articulista de O Regional.