Memórias e esperanças

Quem utiliza as redes sociais como hábito já deve ter se deparado, ontem e hoje, com aquelas recordações que o próprio sistema recupera sobre as festas de Natal dos anos anteriores. Se você postou uma foto qualquer às vésperas da ceia, por exemplo, ela com certeza já apareceu para você relembrar. E, se foi postado para que todo mundo visse e comentasse, a tendência é que tenha sido um momento bom, uma lembrança gostosa, provavelmente anterior ao difícil período de pandemia. Pode ter sido você montando a árvore de Natal ou em frente dela, feliz com o resultado. Pode ser com a família na hora da ceia ou com as crianças, no amanhecer do dia 25, abrindo o presente deixado pelo Papai Noel. Pode ter sido um momento de reflexão, sozinho, porque a data também provoca isso e nem todo mundo tem familiares por perto. Há quem não celebre a data e tenha postado fotos de um dia comum, por que não? Muita gente deve ter registrado ações solidárias, comuns nessa época do ano, quando uns distribuem brinquedos e outros alimentos para matar a fome de quem sequer pensa em presentes. Há quem se transforme em Papai Noel por uma noite para provocar sorrisos. Ciclistas, motociclistas e outros grupos também se unem para, de uma forma ou de outra, espalhar alegria. Hoje temos a chance de fazer novas fotografias, registros de quem sobreviveu a tempos difíceis e sabe que, lá na frente, terá esse momento a recordar, para que sirva como fortalecimento e inspiração. Logo começaremos um novo ciclo, um novo ano, e a esperança por dias melhores sempre se renova, num giro eterno, contínuo, que nos faz lutar, rezar, amar e querer viver mais e mais.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.