Meio século, que barra hein?!

“Há cinquenta anos, o simpático Guerino, galã da época e que era “dodói” das meninas casadouras de Taquaritinga, recebia no altar, perante os homens e na presença de Deus, por sua esposa, um mimo de mulher... A vida do casal, no início de rosas, tornou-se depois economicamente difícil porquanto o ordenado de Guerino mal dava para pagar os “paus de macarrão” que Irma lhe quebrava no bestunto... GUERINO e DONA IRMA, paremos de brincadeira, pois agora a coisa é séria... Perguntamos: – Poderá existir coisa mais séria, mais sublime que a existência, em comum, por cinquenta longos anos, de dois entes que se amam? Vocês dois, GUERINO e DONA IRMA, entenderam o significado das alianças. Uniram-se, enfrentaram solidários as horas difíceis e souberam partilhar, isentos de egoísmo, os momentos de alegria. E, por serem assim, granjearam o respeito e a admiração das pessoas amigas que são muitas. Sentimos orgulhosos por estarmos nesse rol. Parabéns amigos, pela vossa “BODAS DE OURO”. Buch, Célia, Daniele e Breno.” Esta hilariante mensagem foi escrita pelo colunista (com a colaboração do Tabelião Cid Castilho) e entregue aos então vizinhos, Guerino Gussoni e Irma Gussoni (as casas faziam frente uma com a outra no quarteirão da Rua Rio Branco, entre a Aracajú e Recife), em 14 de maio de 1983, portanto, há 40 anos atrás. O simpático Guerino e a prendada e sorridente Dona Irma, faleceram ainda no século passado, primeiro ele e anos depois ela. O nome da Mariana não constou da mensagem porque à época, obviamente, ela ainda não havia nascido. Como escreveu Oscar de Jesus Klemz (poeta, produtor musical e empresário em Curitiba) – “Se recordar é viver, relembrar os bons momentos é ser feliz outra vez... Bons tempos aqueles!!!

Autor

José Carlos Buch
É advogado e articulista de O Regional.