Meio milhão para o ralo
A administração pública não cuidou bem da creche escola do Nova Catanduva 2, entregue pelo Governo do Estado para a Prefeitura de Catanduva em 2020, próximo da troca de governo. É muito provável que o prédio tenha ficado esquecido durante toda a pandemia e, quando os gestores enfim perceberam, o abandono e ações de vandalismo já tinham feito estragos além do previsto.
Agora, lá vai a Prefeitura gastar mais de R$ 500 mil para arrumar uma série de coisas que, pelo descritivo, já existiam – tais como o sistema elétrico, louças e vidros, por exemplo. Na linguagem popular, é meio milhão que vai para o ralo.
Anos atrás, a construção de uma nova escola na região do Nova Catanduva parecia urgente, afinal, alunos eram transportados todas as manhãs para bairros distantes, já que aquele núcleo habitacional foi implantado durante a gestão de Geraldo Vinholi sem qualquer condição de receber tamanho contingente populacional.
Tanto é que a falta de vagas na escola virou um grande problema, o acesso viário se transformou em outro e, ainda, a necessidade de um novo pronto atendimento para atender aquele setor da cidade tornou-se um dos principais temas de debate durante a campanha eleitoral que elegeria Padre Osvaldo.
Ou seja, é mais do que visível que primeiro colocou-se a população lá do outro lado da rodovia para depois ver o que fazer para que aquelas famílias tenham condições mínimas de mobilidade, educação e saúde, algo que até hoje não está equalizado.
A inauguração da nova creche, aliás, vai se tornar ainda mais necessária à medida que o governo municipal liberou a construção de mais um loteamento nas proximidades. É mais gente ali, pertinho, dependendo dos mesmos serviços públicos que já não suportam a demanda atual. Com tais aprovações, parece que os gestores buscam pelo colapso.
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