Médicos efetivos e o antigo impasse

A questão salarial dos médicos da rede pública é uma história antiga. Concursos públicos realizados há mais de 10 anos já não atraíam profissionais da área devido ao salário pouco atraente, na comparação com o mercado como um todo. Não à toa, o município - e não só Catanduva - seguiu pelo caminho do contrato de gestão com organizações de saúde para viabilizar a contratação com valores mais elevados, evitando grave problema de saúde pública.

Em 2019, nova polêmica veio à tona, com ameaça de demissão em massa diante da exigência de que os médicos cumprissem à jornada com a exigência de biometria. A solução, pelo visto, foi a redução da jornada de trabalho, de forma a fazer com que a hora trabalhada valesse mais para aqueles profissionais que são tão bem remunerados na iniciativa privada. A coisa se acalmou de lá para cá.

Agora, novo capítulo dessa longa jornada, com ação movida pelo procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo contra a lei sancionada em 2019 e que diminuiu a carga horária dos médicos, abrindo chances dessa legislação ir por terra e a administração pública ter de lidar, de novo, com o problema salarial desses funcionários efetivos essenciais para a condução das atividades da saúde pública. Qual a solução? Haverá uma?

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.