Maré alta e vento a favor

 

Polo sucroenergético, Catanduva mantém sua vocação exportadora, impulsionada sobretudo pela produção de açúcar nas usinas. No top 5, entretanto, a participação de outros produtos também é significativa, tal como os extratos e essências de café e o óleo de amendoim. Mais à distância aparecem, ainda, os óleos essenciais e os sumos de frutos, fechando o pódio.

O potencial exportador da cidade não é novidade para ninguém, haja vista as inúmeras matérias veiculadas pela imprensa, o próprio O Regional inclusive, mostrando exaustivamente esses números e que Catanduva exporta muito mais – mas muito mais mesmo – que São José do Rio Preto, cuja economia é sustentada no comércio e prestação de serviços.

Apesar disso, é sempre bom ver números positivos da cidade e saber que isso, de uma forma ou outra, reverte-se em divisas, empregos e impostos, fazendo a engrenagem econômica girar, algo essencial para o desenvolvimento do município e para sua recuperação nesse período pós-pandemia.

Os últimos meses, aliás, foram bons nesse aspectos, com um salto na geração de empregos e, agora, a constatação da alta nas exportações. Se a administração pública estiver atenta e organizada, poderá aproveitar essa maré positiva e os ventos a favor para impulsionar ações em favor de empresários e trabalhadores, ampliar a oferta de cursos de capacitação, facilitar a formalização e abertura de empresas, buscar formas para facilitar a vida do cidadão.

Essa seria a melhor forma de se aproveitar o tempo bom da economia nacional, depois do período de alta nos combustíveis e dos aumentos galopantes nos preços dos alimentos que assustou as famílias e que, aliás, ainda não abaixaram. Quem perder esse tipo de chance certamente terá seu espaço tomado por outros municípios melhor preparados na concorrência pela atração de empresas. A população, atenta, cobrará respostas.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.