Março e os fatos históricos

Tudo indica que durante o mês em curso manifestações deverão ocorrer contra algumas situações que mais se destacam, entre elas, genocídio, justiça em prol de Marielle Franco, ex-vereadora e assassinada no Rio de Janeiro.

Após ataques considerados extremistas na capital federal, ato reuniu milhares de pessoas em defesa da democracia no ano passado em São Paulo, contra as danificações de vários pertences públicos do próprio povo, este laborioso povo e que merece todo respeito da comunidade brasileira.

É certo que o mês de março tem datas marcadas para a mobilização dos movimentos populares como resposta aos atos praticados contra o patrimônio público. Enfim, atos para cobrar punição dos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2.023, cujos movimentos estão previstos para o dia 23 do mês corrente, dias antes do aniversário do golpe militar de 1.964.

Infelizmente, nesses 60 anos de golpe militar, o que nós estamos assistindo é que diversas forças políticas, lideradas por pessoas de alta influência, iremos relembrar a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2.023 numa falta gritante e desrespeito à democracia inabalada.

Para realizar essa defesa, Bonfim considera essencial reforçar a memória sobre o horror de 1.964 e da ditadura que torturou e prendeu centenas de pessoas, além dos militantes que exerciam a política, acabou com a liberdade de expressão, além dos cuidados ao se expressar sobre o mandatário máximo da Nação.

Além da movimentação política, mulheres de todo o mundo se mobilizaram através de lutas para o reconhecimento de seus direitos e que estão presentes no cotidiano de todas elas.

Aumento da violência, desmonte de políticas sociais e a situação precária do trabalho são exemplos de como a crise atual afeta, sobretudo, as mulheres do mundo inteiro, cuja luta no campo de suas prerrogativas há de se perpetuar pelos anos afora.

Há de se ressaltar que o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março de 1.975, é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1.970 e que está relacionada também ao dia 8 de março de 1.917 em função das mulheres russas na defesa de seus direitos.

Essa data simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. É evidente que, inicialmente, remetia à reivindicação na igualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.

Faz parte desse comentário O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1.966. Em 21 de março de 1.960, um protesto pacífico levou milhares de pessoas a saírem às ruas na cidade de Johanesburgo, na África do Sul.

Os manifestantes lutavam contra a Lei do Passe, que obrigava os negros a portarem uma caderneta que especificava os locais que podiam frequentar, sendo um dos principais elementos o sistema implantado por aquele país e que deveria ser obedecido com todo o rigor.

Naquele país da África do Sul uma data importante é celebrada como O Dia dos Direitos Humanos, sendo um feriado público e, além desse fato, 21 de março se tornou um símbolo para a população negra na batalha pelas conquistas dos seus direitos civis e sociais.

No Brasil, a Constituição Federal de 1.988, conclamada pelo ex-deputado Ulysses Guimarães, considera a prática de racismo um crime inafiançável, sujeito à pena de reclusão, porém, na prática, não é o que estamos sentindo, porque o racismo permanece de forma camuflada, mas se faz presente até os dias de hoje.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.