Quem assistiu à Corrida de São Silvestre pela televisão até o final, no último sábado, provavelmente viu a celebração efusiva de Fabio Jesus Correia, que chegou em 4º lugar na prova e foi o brasileiro mais bem classificado – atrás dos corredores da Uganda e Tanzânia. Ele revelou que é coletor de resíduos e deixou extravasar toda a emoção pela conquista. O fato demonstra o quanto é difícil ser esportista de alto rendimento num país que não valoriza os seus talentos. Assim como Correia, são vários os atletas que precisam trabalhar em profissões sem qualquer relação com o esporte porque simplesmente precisam sobreviver, apesar do dom e do amor pela modalidade que praticam. Por que estamos relembrando tudo isso? Para mostrar como são importantes programas como o Bolsa Atleta Olímpico, que está com inscrições abertas em Catanduva. Trata-se de um incentivo financeiro aos atletas que representam o município nas mais diversas modalidades esportivas. São contemplados aqueles que alcançam melhores resultados no ano anterior, entre outras comprovações. O valor pode não parecer muito, mas pode fazer toda a diferença para manter vivo um sonho de sucesso no esporte e impedir a desistência por falta de oportunidade para treinar. Que mais iniciativas como essa apareçam.