Manequim

Jonathan (Andrew McCarthy) é um jovem artista que fabrica uma manequim para uma loja. Ele se apaixona pelo boneco, até que um dia, a manequim adquire vida. Ela tem o nome de Emmy (Kim Cattrall). Jonathan descobre que a manequim incorporou uma deusa egípcia de milhares de anos atrás, e os dois iniciam um relacionamento marcado por altas aventuras.

Comédia romântica em tom de fantasia que fez enorme e inesperado sucesso de público nos cinemas na época, em 1987, e depois foi muito reprisado na TV aberta. Teve até uma continuação, ‘Manequim – A magia do amor’ (1991). Esse conto de fadas urbano e moderno, gracioso e que conquista o público ainda hoje, foi levemente inspirado na clássica comédia musical com Ava Gardner ‘A deusa do amor’ (1948), sobre uma estátua que cria vida depois de receber um beijo de um vitrinista de uma loja.

Andrew McCarthy, de ‘A garota de rosa shocking’ (1986), e Kim Catrall, da série ‘Sex and the city’ (1998-2004), estavam no auge da carreira e fazem um belo par, um rapaz de carne e osso que se apaixona por uma manequim que cria vida e ambos saem em altas aventuras pela Filadelfia. Participação de Estelle Getty, James Spader, G.W. Bailey e Meshach Taylor (que faz piadas bem engraçadas). A música ‘Nothing's gonna stop us now’, de Jefferson Starship, recebeu indicação ao Oscar, Grammy e Globo de Ouro de melhor canção, a primeira nomeação da compositora Diane Warren, hoje campeã de indicações com 15 ao todo - e nunca ganhou nenhum; a canção retorna na continuação. Outra música composta exclusivamente para o filme é a de abertura, toda em desenho animado, ‘In my wildest dreams’, de Belinda Carlisle.

Foi o melhor trabalho do falecido diretor Michael Gottlieb, que fez somente mais três longas-metragens, dentre eles ‘O senhor babá’ (1993); Gottlieb também foi roteirista do filme. Sai em DVD na coleção ‘Manequim’, juntamente com a continuação, ‘Manequim – A magia do amor’ (1991).

Manequim (Mannequin). EUA, 1987, 89 minutos. Comédia romântica. Colorido. Dirigido por Michael Gottlieb. Distribuição: Obras-primas do Cinema

Autor

Felipe Brida
Jornalista e Crítico de Cinema. Professor de Comunicação e Artes no Imes, Fatec e Senac Catanduva