Mais empatia no trânsito
A convivência respeitosa com pessoas no espectro autista é um desafio que requer conhecimento e empatia. No trânsito, tão marcado pelas desavenças e ofensas, a existência de pessoas que por motivos diversos possam “incomodar” os demais condutores é um fato que precisa ser levado em consideração. Pode ser o caso de um idoso que, por mais segurança, transita mais lentamente, ou de um veículo que tem um bebê ou uma criança com TEA a bordo e que, por isso, tem cautela extra. A cordialidade deveria prevalecer em qualquer ambiente, mas sabemos que ela está longe de ser regra, ainda mais no trânsito. Então, se conseguirmos que o respeito aconteça ao menos com relação a essas pessoas que demandam mais cuidados, como os idosos a pessoas com deficiência, já teremos dado passo importante. Neste sentido parece ser extremamente positiva a iniciativa do governo paulista em emitir Identificações Veiculares para pessoas com TEA, o Transtorno do Espectro Autista. A iniciativa tem o objetivo de conscientizar os demais motoristas de que naquele veículo há uma pessoa com autismo, solicitando que sejam gentis e que não buzinem. O intuito é evitar crises relacionadas à sensibilidade auditiva, sintoma frequente em pessoas com TEA. A Identificação Veicular é concedida mediante vinculação à Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA), que já soma mais de 50 mil emissões em todo o estado. O documento garante tratamento preferencial ao autista, em todos os ambientes. Viver em um mundo diverso exige que aprendamos a conviver com as diferenças. O conhecimento é a chave para o respeito e a valorização da diversidade, contribuindo para que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tenham oportunidades igualitárias e uma vida com mais autonomia. A educação e a sensibilização são ferramentas poderosas para derrubar estigmas e preconceitos, permitindo que todos os indivíduos sejam reconhecidos e valorizados em sua plena capacidade.
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