Mãe, sempre começa com ‘M’

Mãe é uma das poucas palavras que, em praticamente todas as línguas começa com “M”. Veja alguns exemplos: “mamma” em italiano; ''madre'' em espanhol; mére, em francês; ''mother'', em inglês; ''moeder'', em holandês; “mutter”, em alemão; ''mat'', em russo; ''mitera'', em grego e ''mam'', em híndi. Não por acaso, a mãe de todas as mães, Maria, também começa com “M”. Diz a história que as mais antigas celebrações do Dia das Mães remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia das Mães eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimônias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo. O segundo domingo de maio foi escolhido por causa da Americana Anna Jarvis, que perdeu sua mãe em 1905 na pequena Grafton, no estado da Virginia e, com o apoio da comunidade local fez uma comemoração no dia 10 de maio que se espalhou pelo mundo, tornando-se oficial nos Estados Unidos a partir do ano de 1914. No Brasil, o Presidente Getúlio Vargas decretou em 1932, o segundo domingo de maio como Dia das Mães. Em alguns países a data é comemorada em dias diferentes: Bolívia, 27 de maio, Luxemburgo, 08 de junho, Tailândia, 12 de agosto e Bélgica e Costa Rica, em 15 de agosto (Assunção de Maria). Fatos históricos à parte, não são muitos os autores brasileiros que se dedicaram a escrever algo sobre essa figura tão sublime e terna. Mas, dois consagrados poetas o fizeram e é por isso que vale à pena reproduzir o que eles escreveram: Mario Quintana – “MÃE… São três letras apenas, As desse nome bendito: Três letrinhas, nada mais…E nelas cabe o infinito. É palavra tão pequena, confessam mesmo os ateus. És do tamanho do céu, e apenas menor do que Deus! Para louvar a nossa mãe, todo bem que se disser, nunca há de ser tão grande, como o bem que ela nos quer. Palavra tão pequenina, bem sabem os lábios meus, que és do tamanho do CÉU, e apenas menor que Deus! (no original não existem algumas vírgulas e pontuações que foram usadas para dar sentido ao texto corrido). Do livro “Lição das Coisas” de Carlos Drummond de Andrade, destacamos: “Para Sempre. Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento. Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade. Por que Deus se lembra – mistério profundo – de tirá-la um dia? Fosse eu rei do mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.” Como escrevemos um dia: “Toda mãe é uma extensão das mãos de Deus, quando afaga, cuida, protege e abençoa os filhos e os netos.”

Fonte: trechos extraídos dos sites: https://br.pinterest.com/pin/2322237292500462/, https://mundoeducacao.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-das-maes.htm e https://leiturinha.com.br/blog/poemas-sobre-mae/

Autor

José Carlos Buch
É advogado e articulista de O Regional.