Madame Teia: Sony tenta emplacar nova franquia no Universo do Homem-Aranha

Marcando os 100 anos do estúdio, a Sony tenta emplacar uma nova franquia no universo do Homem-Aranha, Madame Teia, que desde quinta-feira entrou em exibição no CineX. Mas quem é Madame Teia? A rigor, uma vilã desconhecida do panteão do Aracnídeo. Como se sabe, há mais de 20 anos todo o séquito do Aranha está na Sony, que tem de sempre fazer algum filme do herói, sob pena de que os direitos voltem aos estúdios Marvel. Então, além da parceria com a própria Marvel, com Tom Holland, e das animações do fantástico Aranhaverso, a Sony acumula filmes com vilões correspondentes como Venom, Morbius, o futuro Kraven e... Madame Teia. Tudo para manter os direitos.  

A Madame Teia dos quadrinhos era uma senhora idosa, mas resolveram trazer Dakota Johnson (de 50 Tons de Cinza) para virar Cassandra Webb (nome de profetiza da mitologia grega e sobrenome "teia", em inglês...). Usando de muita liberdade de expressão, a trama se passa no começo do século, quando os primeiros filmes do Homem-Aranha surgiram, com direção de Sam Raimi. Madame Teia é dirigido pela estreante S. J. Clarkson.   

Cass é uma paramédica cujos melhores amigos são Ben (Adam Scott), o futuro tio Ben ("com grandes poderes, grandes responsabilidades"...) e sua cunhada, Mary Parker (Emma Roberts) que está grávida ninguém menos que do bebê Peter Parker, sem dar muitos spoilers.

Ainda falando em bebês, o filme leva certo tempo apresentando a personagem, cuja mãe morreu grávida na primeira cena enquanto buscava uma espécie rara de aranha na Amazônia Peruana.

Depois de um acidente de trabalho, Cass Webb tem uma parada cardíaca e volta à vida com o poder da premonição, embora não os controle totalmente. Cass tenta proteger três adolescentes que são perseguidas por um vilão que parece um “Homem-Aranha do mal”, Ezekiel Sims (Tahar Rahim), obcecado por uma premonição de que daqui alguns anos essas meninas vão matá-lo.

As três garotas são todas Mulheres-Aranha, com direito a uniforme e tudo: Julia (Sydney Sweeney), Anya (Isabela Merced) e Mattie (Celeste O'Connor) – nenhuma delas sendo a Mulher-Aranha dos quadrinhos, Jessica Drew. Elas não se conheciam até serem salvas por Cass, quando Ezekiel Sims tenta matá-las. Aparentemente, o papel delas será melhor desenvolvido nos próximo filmes – se a franquia vingar.

Buscando sua origem, Cass viaja à Amazônia Peruana, onde encontra “Los Arañas”, moradores da floresta que realizaram o parto de sua mãe, e salvaram a vida da recém-nascida, embora o filme fique devendo como o bebê foi parar nos Estados Unidos. onde viveu em lares adotivos.

É difícil dizer se Madame Teia terá fôlego para iniciar uma nova franquia para a Sony, mas o estúdio não está preparado para perder seu personagem favorito, mesmo que (à exceção do Aranhaverso), o último Venom e Morbius não tenham sido tão bem recebidos, e Kraven é uma incógnita. 

Autor

Sid Castro
É escritor e colunista de O Regional.