Lutas e glórias
Chega a ser dramática a situação da tradicional Usina Catanduva, hoje Virgolino de Oliveira. Ao recuperar a trajetória da empresa na última década, não serão poucas as lembranças de greves e de credores na porta ansiosos por pagamentos.
Os registros feitos pela própria mídia mostram isso. É uma luta que parece inglória, mas que envolve a vida de inúmeras famílias – número que, aliás, foi aos poucos diminuindo e minguando, até a dispensa quase geral na semana passada.
Ao mesmo tempo, do lado de fora dos muros da companhia, cresceu vertiginosamente a quantidade de pessoas e fornecedores com dinheiro a receber, uns poucos, outros muito, dentro de um montante calculado em R$ 3 bilhões.
A expectativa agora é para o que será proposto no dia 21 de junho, quando a Assembleia de Credores poderá analisar o novo plano de recuperação do Grupo Virgolino de Oliveira que tem, além da unidade em Ariranha, outras três – a centenária usina de Itapira e outras em José Bonifácio e Monções.
Quem acompanhou toda ou parte dessa longa história, assiste agora o desfecho com lágrimas nos olhos e coração apertado. Aliás, nem é necessário ter trabalhado ou vestido a camisa da empresa para sentir aquele nó na garganta ao ver um grupo como o GVO, com tal porte e importância, correndo o risco de dizer adeus.
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