A Prefeitura escolheu fazer lombadas, mas poderia ter optado por asfalto. Era uma decisão a tomar. Difícil? Nem tanto. Seriam R$ 2 milhões, um bom dinheiro, que talvez poderia solucionar grandes crateras e transtornos em uma importante via da cidade, quem sabe?

A situação das ruas da cidade, com pavimento vencido há tempos, é um dos pontos mais problemáticos neste momento, ao lado do mato que toma conta de tudo e da penúria vivenciada na área da saúde. Poderia ser pouco dinheiro para asfalto, na visão da Prefeitura, mas não é justamente dinheiro que mais falta para esse tipo de investimento? Que contraditório.

Por outro lado, gastar tudo isso com lombadas parece um exagero. Mas vamos pensar de forma positiva. Talvez a Prefeitura queira zerar a fila de pedidos por lombadas dos últimos anos, incluindo aquelas centenas de pedidos políticos, de pessoas que vão até os vereadores pedir por uma lombada na rua de casa – desde que não seja na frente da sua própria casa, é claro.

Deve ter muito pedido acumulado, até de ex-vereadores, porque, convenhamos, a esmagadora maioria dessas solicitações não segue qualquer critério técnico. É a vontade de um morador daquele quarteirão, nem sempre de todos, somada à ânsia do vereador em agradar seu eleitorado, mesmo que seja um ou outro, e à propensão do gestor público em agradar o seu vereador preferido, que vota da forma que lhe agrada. Dessa forma, “todo mundo” fica feliz, leia-se uns três ou quatro. Enquanto isso a população precisa enfrentar ruas esburacadas cercadas por lombadas por todos os lados.