Lobisomem (Wolf Man) retoma o tema dos Monstros da Universal
Embora ainda com muitos “filmes de férias” em cartaz, os cinemas começam a retomar o ciclo comum, onde o terror se tornou um dos principais gêneros pós-pandemia. Lobisomem entrou em cartaz esta semana no Grupo Cine, no Shopping de Catanduva.
Não é de hoje que a Universal tenta um reboot dos seus clássicos filmes de monstros dos anos 40 e 50, como Drácula, Frankenstein, Múmia, Homem Invisível e Lobisomem, entre outros. Mas entre boas refilmagens e outras nem tanto, o estúdio não conseguiu estabelecer seu Darkverse com monstros, ao invés de super-heróis. Mas ele não desiste.
Sem muita pretensão, em 2020, surgiu O Homem Invisível, de Leigh Whannell, o que fez a Universal apostar nele novamente. Os filmes originais foram O Lobisomem (1941), e o reboot O Lobisomem (2010).
E agora temos uma trama atualizada do monstro em seu cenário mais clássico, uma casa perdida numa floresta, transformações lupinas e a violência de um predador, tudo misturado com toques familiares, ambientado em uma única noite.
Com menos luas cheias e sobrenatural, o filme aposta numa forma bizarra de zoonose que parece ter se abatido sobre um trilheiro em 1995. Chamada pelos indígenas de “a face do lobo“, ou “febre da colina”, essa doença misteriosa atrai para o Oregon gente como Grady Lovell (Sam Jaeger), um pai linha dura, que mora numa casa nas montanhas, é um caçador e pretende descobrir a verdade sobre a lenda.
No prólogo, do filme tem início quando o pequeno Blake (Zac Chandler), é assombrado pela experiência de viver com seu severo pai; trinta anos depois, um escritor já adulto numa grande cidade, Blake (Christopher Abbott), é casado com a jornalista Charlotte (Julia Garner), e é um pai melhor, que ama a pequena Ginger (Matilda Firth). Quando fica sabendo que seu pai é considerado morto, resolve voltar com sua família ao lar da sua difícil infância e recolher o que restou. Com um casamento com problemas, convence a esposa e filha a tentarem um resgate da relação naquele cenário de beleza incomum. Isso se revelará um grave erro.
Logo se perdem pelo caminho, sem sinal de telefone, até que Blake reencontra um amigo de infância, um caçador (Benedict Hardie), que lhes mostra o caminho e lhes dá conselhos que, óbvio, não serão seguidos.
Com vários sustos, acidentes e aparições acontecendo ao longo da noite, o Lobisomem do título propriamente dito demora um pouco a aparecer, criando uma tensão crescente pelo surgimento do monstro. A transformação física de Blake no esperado Lobisomem é gradual, com bons efeitos de maquiagem e quase sem CGI. O diretor confessa ter se inspirado em A Mosca (1986), de Cronenberg. Ele recheia o filme de referências a clássicos do gênero da Universal a Jogos Mortais (2004), até mesmo a animação Os Três Porquinhos, da Disney!
Resta saber se o “novo” Lobisomem terá apelo suficiente para reviver os demais Monstros da Universal.
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