Leão Amigo

A destinação do imposto de renda para as instituições locais é uma medida essencial para ampliar os recursos que essas entidades têm à disposição para as suas incontáveis demandas. Hoje, o chamado Terceiro Setor tem assumido cada vez mais serviços que eram responsabilidade do poder público. São ONGs, casas de acolhimento de idosos, orfanatos e organizações de todos os tipos que, juntas, desenvolvem trabalho digno de elogios. Para se manter, essas entidades fazem campanhas, rifas, buscam verbas públicas, enfim, é um esforço diário para pagar as contas. Esse cenário reforça a importância da ajuda que vem da população, seja das doações, que exigem que o sujeito parte do seu ganho para ajudar ao próximo, ou da destinação solidária de fatia do imposto de renda, que não altera exatamente nada na vida do doador. Isso porque o dinheiro que iria para o governo é direcionado aos fundos municipais da criança e do adolescente ou do idoso, sem que a pessoa gaste um centavo a mais por isso. Oras, se é tão simples e tão vantajoso, porque não é todo mundo que faz esse tipo de doação? Porque não está em nossa cultura, porque para muitos parece complexo e porque a maioria desconhece essa possibilidade. Ou seja, falta informação. Daí a importância do trabalho da Arcos – Associação e Rede de Cooperação Social, que mantém campanha anual e abordagens corpo a corpo em instituições e empresas para orientar sobre o tema. As empresas de lucro real, por exemplo, podem destinar até 1% do imposto devido a cada um dos fundos, enquanto as pessoas físicas têm 3% como limite. Não importa o valor, o que vale mesmo é o auxílio. Se todos nós adotarmos esse tipo de conduta, é certo que a grana disponível para o Terceiro Setor vai crescer – e mais pessoas serão ajudadas.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.