Laço pela Vida: a força da prevenção contra o câncer de mama
O mês de outubro é reconhecido como o período do ano dedicado à prevenção do câncer de mama. O movimento teve início na década de 1990, quando a Fundação Susan Goodman Komen for the Cure, fundada por Nancy Goodman Brinker (irmã de Susan que morreu vítima de câncer de mama) distribuiu laços cor-de-rosa (cor preferida de Susan) durante a Corrida pela Cura, promovida em Nova York. A partir dessa ação, o laço passou a ser distribuído em locais públicos e eventos realizados ao longo do mês de outubro. Posteriormente, surgiu a ideia de iluminar prédios e monumentos com luzes rosas, o que deu ainda mais visibilidade e força ao movimento. Assim, o dia 19 de outubro foi instituído como o Dia Mundial de Combate à Doença.
No Brasil, a mobilização começou em 2002, quando o Mausoléu do Soldado Constitucionalista (Obelisco do Ibirapuera), em São Paulo, recebeu iluminação rosa por iniciativa de um grupo de mulheres engajadas na causa. Entretanto, foi somente em 2008 que a campanha se consolidou, com várias cidades brasileiras iluminando seus monumentos e prédios públicos. Em 2018, a Lei nº 13.733 instituiu outubro como o mês de Conscientização sobre o Câncer de Mama, determinando que neste mês sejam promovidas diferentes atividades para informar e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce. A campanha resultou em aumento expressivo no número de mamografias, cerca de 37% segundo dados de 2020
Desse modo, é essencial realizar a mamografia para detectar nódulos, calcificações, assimetrias, lesões e sinais suspeitos. Os principais fatores de risco incluem terapia de reposição hormonal, uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, primeira menstruação precoce, menopausa após os 55 anos, exposição frequente a radiações ionizantes, histórico familiar de câncer de mama e de ovário. Outros fatores como obesidade, sedentarismo, consumo de álcool, e tabagismo também são considerados importantes fatores risco, porém podem ser modificados. Por isso, é crucial a adoção de hábitos como alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos, suspensão do tabagismo e moderação do consumo de álcool. A amamentação também foi apontada como fator de proteção para evitar a doença.
É recomendado pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer) que todas as mulheres realizem a palpação das mamas no dia a dia para reconhecimento das variações naturais e identificação de alterações suspeitas. Em casos de dúvida, deve-se procurar ajuda profissional. Além disso, é necessária a realização de exames a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos, sem sintomas ou sinais de câncer de mama, ou a partir de 40 até 74 conforme o risco individual de cada mulher. É possível realizar a mamografia de forma gratuita pelo SUS, pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), ou por campanhas, como as do Outubro Rosa..
O INCA define como sinais e sintomas sugestivos para investigação de câncer de mama: presença de nódulo fixo, indolor, identificado pela própria mulher; pele da mama avermelhada, retraída ou com textura rugosa; alterações no mamilo; nódulos nas axilas ou no pescoço e saída de líquido anormal pelos mamilos. O rastreamento é fundamental para diagnóstico precoce, já que o câncer de mama tem evolução rápida e agressiva. Portanto, é vital compartilhar o conhecimento sobre o Outubro Rosa para fortalecer a conscientização e promover a saúde feminina.
Autores: Julia Meira Zanoni (1º ano)/ BeatrizOrsi Russo (1º ano)
Coautor: Prof.º Dr.º João Marcelo Caetano Jose Floridi Porcionato
Foto: @normasmed
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