Jurassic World: O Recomeço, em exibição nos cinemas nesse final de semana, é o sétimo filme da franquia iniciada por Steven Spielberg em 1993 (Jurassic Park) e tenta reviver o fascínio pelos dinossauros que o clássico provocou no público, na época.

Cinco anos após os eventos de Jurassic World: Domínio (2022), os dinossauros sobreviventes vivem em regiões tropicais isoladas, onde o clima se assemelha ao pré-histórico. Nesse cenário, a especialista em operações secretas Zora Bennett (Scarlett Johansson) é contratada por uma corporação farmacêutica para liderar uma missão secreta: coletar DNA das três maiores espécies de dinossauros: um terrestre, um aquático e um aéreo, com o objetivo de desenvolver medicamentos revolucionários para doenças cardíacas.

A expedição leva o grupo à misteriosa Ilha Saint-Hubert, onde além dos perigos naturais, eles descobrem segredos sombrios escondidos por décadas. A missão se complica quando uma família de civis naufraga na mesma região, cruzando o caminho da equipe e se expondo juntos aos desafios das criaturas pré-históricas.

Embora seja uma continuação direta da trilogia Jurassic World, O Recomeço funciona como uma espécie de soft reboot. A história respeita a linha do tempo da franquia, mas introduz novos personagens e uma narrativa independente, permitindo que o público acompanhe o filme sem ter visto os anteriores.

O roteirista David Koepp, que escreveu os dois primeiros Jurassic Park, baseados nos livros do escritor americano Michael Crichton), retorna para reconectar a saga às suas origens. O filme homenageia o clássico de 1993 com referências visuais e temáticas, além de uma breve menção ao paleontólogo Alan Grant, através do personagem Henry Loomis (Jonathan Bailey), que foi seu aluno.

O Recomeço tenta equilibrar nostalgia e renovação, com dinossauros carismáticos, dos engraçadinhos aos mais terríveis (lembrando que o significado da palavra “dinossauro”, de origem grega, é “lagarto terrível, assustador”). Às cenas de ação intensas se junta uma crítica sutil à exploração corporativa da ciência. Pode não reinventar a roda, mas oferece uma nova chance de se apaixonar pelos dinos, seja pela primeira ou pela sétima vez e que são, de fato, os grandes astros dessa franquia.

Estreante na franquia, Mahershala Ali interpreta Duncan Kincaid, o capitão do navio que leva a equipe científica até a ilha, onde logo se torna uma figura de liderança experiente, com um passado misterioso ligado a expedições marítimas para zonas de perigo biológico. Especialmente diante dos perigos apresentados por criaturas híbridas como o Distortus Rex, (ou D-Rex). Com seus tentáculos, o mutante já está sendo considerado um dos “monstros-vilões” mais aterrorizantes da franquia.

O filme é dirigido por Gareth Edwards, (Godzilla (2014), Resistência (2023) e Star Wars: Os Ultimos Jedis (2017), que imprime um tom mais sombrio à narrativa, resgatando o suspense do primeiro filme. A produção executiva é de Steven Spielberg.