Enfrentamento, contestações, boatos. A cruzada travada por conselheiros de saúde, que ficaram frente a frente com um grupo de vereadores em reunião tensa na segunda-feira, mostra que há muitos interesses envolvidos na prestação de serviços de saúde em Catanduva.

Não é de se admirar, afinal, os valores financeiros envolvidos são significativos e as organizações que se dispõem a atuar no segmento acabam movimentando vultosas cifras, em contratações e aquisições das mais diversas. A instituição acaba se transformando, de fato, em uma potência econômica e, também, de influências.

O contrato com atual organização de saúde, aliás, teve idas e vidas recentes que ainda continuam sem explicações convincentes. A Prefeitura chegou a abrir novo processo licitatório que teve como concorrentes o Hospital Mahatma Gandhi, a Santa Casa de Chavantes e a Fundação Padre Albino.

Depois de percorridas quase todas as etapas do processo e, conforme constatado pela reportagem, até mesmo definida a instituição vencedora, Mahatma Gandhi no caso, a administração decidiu revogar tudo que havia sido feito e prorrogar o contrato atual. Não houve lá muitas explicações para isso, além de que o valor orçado inicialmente estaria aquém das necessidades futuras. Mas pelo visto o contrato anterior tem valor adequado ou margem para tal manobra, a partir de aditamentos. E, assim, segue o bonde.