Irresponsabilidade

 

Imagine você, caro leitor, o que aconteceria se seu filho estudasse o ano todo e, na hora de fazer a inscrição naquele vestibular tão sonhado, ela não ocorresse? Como dizem na linguagem popular, o mundo acabaria ou o chão sumiria. As reações diante de uma situação como essa para um jovem podem ser diversas, oscilando da depressão à revolta.

Do mesmo modo, para um atleta que treina o ano todo para determinado campeonato, a frustração por uma derrota é sempre pesada, mas a de sequer poder competir é deveras pior. Isso pode ocorrer, em alguns casos, devido a uma lesão, doença, falta de patrocínio ou, num cenário mais bizarro, porque a inscrição acabou não sendo feita.

Parece piada, mas é o que as jovens ginastas de Catanduva que compõem projeto social desenvolvido pela Academia Estrelas vivenciaram: a Prefeitura, por um motivo ou outro, pois as desculpas possíveis são várias, não fez a inscrição das atletas nos Jogos Regionais – aquela que é a principal competição para as esportistas durante o ano e que abre portas para os Jogos Abertos do Interior.

Errar é humano, é verdade, mas o poder público não pode ficar refém da suposta falha de um gestor ou funcionário que recebeu a incumbência de inscrever atletas em uma competição e não o fez. Ou fez, mas não confirmou se fez corretamente. É preciso ter métodos, organização, responsabilidade.

São vidas em jogo, algo que vai muito além de política ou mesmo do resultado no placar. Atitudes irresponsáveis como essa podem mudar a trajetória de uma vida, alterar destinos e destruir sonhos.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.