The Electric State lançado nesta sexta-feira (14), pelo streaming da Netflix, é considerado o mais caro longa metragem original, que não é sequência, já realizado. A direção também é de peso: os irmãos Anthony e Joe Russo, dos mais bem sucedidos filmes da Marvel Capitão América: Soldado Invernal (2014), Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019). Também é a produção mais cara já realizada pela plataforma, com um impressionante orçamento de 320 milhões de dólares, superando outras caras produções do streaming, como Rebel Moon e Agente Oculto.

The Electric State é uma adaptação da livro ilustrado do sueco Simon Stålenhag, e conta com um elenco protagonizado pela estrela da Netflix Millie Bobby Brown (Strange Things, Donzela e Enola Holmes), mais Chris Pratt (Guardiões da Galáxia), Stanley Tucci (Conclave), Ke Huy Quan (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo) e Giancarlo Esposito (Megalopolis).

A ação começa no ano de 1990, quando os robôs eram uma realidade cotidiana em todo o mundo. Isso coloca o filme como “retrofuturista”, isto é, passada numa realidade alternativa com as características de tempo iguais à nossa, porém, com uma tecnologia mais desenvolvida.

Como em várias histórias clássicas de ficção científica, os robôs, construídas como máquinas fofas e divertidas, se revoltam com sua condição de escravos dos humanos, e isso leva a uma longa e devastadora guerra. Os robôs estavam vencendo, até que uma nova tecnologia de controle de drones desenvolvida pela empresa Sentre, os humanos vencem, isolam os robôs sobreviventes numa zona de exclusão. A Sentre, no entanto, lança uma espécie de capacete de realidade virtual que vai tornando os humanos viciados em suas próprias realidades.

Michelle (Millie) é uma adolescente rebelde, que era muito ligada a seu irmão gênio Christopher (Woody Norman). Ela não gosta desse novo mundo. e vive numa lar adotivo após a morte dos pais e irmão, num acidente na estrada. Certa noite, ela recebe a visita de Cosmo, um robô baseado num desenho animado que seu irmão adorava. Ela descobre que Christopher pode estar vivo, e parte com o robozinho numa jornada para resgatá-lo junto ao cientista dr. Amherst: (Ke Huy Quan). No caminho, contam com a ajuda do contrabandista Keats (Chris Pratt), e seu sarcástico robô Herman. Eles partem em busca de pistas na Zona de Exclusão, região do deserto onde os robôs estavam exilados sob a chefia do Sr. Amendoim, líder da rebelião. O filme prossegue entre batalhas com robôs de todos os tipos e tamanhos, além de caçadores de robôs com máquinas de realidade virtual comandados pelo The Marshall (Esposito), um veterano da guerra contra os robôs. Mas o grande vilão é o magnata da Sentre, Ethan Skate (Tucci). 

Apesar de manter o tom retrofuturista do livro, a versão adota um tom mais juvenil e com humor, lembrando filmes de Spielberg dos anos 1980.