Investir com responsabilidade
A Prefeitura vai destinar polpuda quantia para construir a chamada Casa do Pet em área pública do Parque Iracema, próximo à Casa da Juventude. De onde sairão os valores para a manutenção do espaço e contratação dos profissionais, não se sabe. Mas o problema não é esse.
A questão é que a cada novo serviço instalado, mais alto fica a despesa fixa da máquina pública e menos recursos sobram para investimentos que são necessários para o desenvolvimento da cidade, como a abertura de novas ruas e avenidas, por exemplo. Neste ponto, vale frisar que não entrará nesta discussão a relevância dos dois citados serviços e se eles deveriam ser ou não prioridade para o momento atual. Essas questões não vêm ao caso neste texto.
O ponto central é mesmo a dúvida se alguém, lá dentro da administração municipal, está com olhos atentos para o futuro, no sentido de avaliar, hoje, se a máquina pública não está sendo comprometida demais a ponto de, um dia mais tarde, mostrar-se inviabilizada – financeiramente falando.
Assim como esses novos projetos, muitos outros são lançados por Estado e União, com verbas para implantação ou construção, mas depois os recursos para a manutenção e condução das atividades precisam ser disponibilizados mesmo pela prefeitura. Outro caso idêntico é o programa Vida Longa, também em andamento na cidade, e cujas despesas mensais serão bancadas pela Prefeitura.
Enfim, não adianta querer abraçar o mundo agora, para mostrar serviço para a população, se isso não for feito de forma responsável. Talvez até sirva a quem tenta a todo custo elevar sua popularidade, é verdade. Porém, a vida cobra seu preço e a opinião pública também o fará.
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