Imprevisível, Oscar 2022 premia ‘No ritmo do coração’ como melhor filme; Duna sai com o maior número de estatuetas, seis

O Oscar 2022, considerada uma das premiações mais importantes do cinema, foi realizado na noite do último domingo (dia 27), marcado por momentos imprevisíveis, dentre eles a entrega de melhor filme ao drama ‘No ritmo do coração’ e até uma briga com direito a tapa na cara entre Will Smith e Chris Rock. Quanto aos prêmios, a ficção científica ‘Duna’ levou a maior quantidade de estatuetas para casa, seis, quase todas de parte técnica, como efeitos visuais, som e fotografia. Já ‘Ataque dos cães’, que liderava as indicações, com 12 no total, ganhou apenas a de direção, para Jane Campion (ela é a terceira mulher a ganhar o prêmio de direção, antecedida por Kathryn Bigelow e Chloé Zhao). 

Foi considerada uma premiação que privilegiou a inclusão e a diversidade, entregando prêmios de ator coadjuvante a Troy Kotsur, que é surdo, pelo filme ‘No ritmo do coração’, e de melhor filme estrangeiro a ‘Drive my car’, que trata também da surdez e da Língua de Sinais. Dois atores negros ganharam prêmios de destaque: Will Smith, como melhor ator por “King Richard”, e Ariane Debose como atriz coadjuvante por “Amor, sublime amor”. Além disso, Jessica Chastain venceu melhor atriz por “Os olhos de Tammy Faye”, um filme biográfico que traz a personagem de uma líder religiosa que apoiou movimentos gays e a luta contra a Aids. 

Uma polêmica viralizou no Oscar 2022: o tapa na cara que Will Smith deu em Chris Rock, após o apresentador fazer uma piada com a esposa de Will, Jada Pinkett-Smith, por ela estar sem cabelos (devido a uma doença). Ontem, a Academia se posicionou contra o ato de violência, soltando uma nota de repúdio, e informando que irá avaliar a atitude do astro. No mesmo dia, Smith se desculpou nas redes sociais. 

Dois momentos marcantes da festa foi a comemoração dos 28 anos de ‘Pulp Fiction’ e dos 50 anos de ‘O poderoso chefão’: subiram no palco os atores Samuel L. Jackson, Uma Thurman e John Travolta, para relembrar o filmão policial de Quentin Tarantino, e depois Al Pacino, Robert De Niro e Francis Ford Coppola também fizeram o mesmo, para lembrar do clássico filme de máfia. 

Veja abaixo a lista com os premiados. 

 MELHOR FILME 

 "No ritmo do coração" 

MELHOR DIREÇÃO 

Jane Campion - "Ataque dos cães" 

MELHOR ATRIZ 

Jessica Chastain - "Os olhos de Tammy Faye" 

MELHOR ATOR  

Will Smith - "King Richard: Criando campeãs" 

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE 

Ariana DeBose - "Amor, sublime amor" 

MELHOR ATOR COADJUVANTE  

Troy Kotsur - "No ritmo do coração" 

MELHOR FILME INTERNACIONAL

"Drive my car" - Japão 

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO  

"No ritmo do coração" 

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL  

"Belfast" 

MELHOR FIGURINO  

"Cruella" 

MELHOR TRILHA SONORA  

"Duna" 

MELHOR ANIMAÇÃO  

"Encanto" 

MELHOR DOCUMENTÁRIO  

"Summer of Soul (...ou Quando a revolução não pôde ser televisionada)" 

MELHOR SOM  

"Duna" 

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL  

"No time to die" - "Sem tempo para morrer" 

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO 

"Os olhos de Tammy Faye" 

MELHORES EFEITOS VISUAIS  

"Duna" 

MELHOR FOTOGRAFIA  

"Duna" 

MELHOR EDIÇÃO  

"Duna" 

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO  

"Duna" 

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO  

"The windshield wiper" 

MELHOR CURTA-METRAGEM EM LIVE ACTION  

"The long goodbye" 

MELHOR DOCUMENTÁRIO DE CURTA-METRAGEM  

"The queen of basketball" 

 

Festival ‘É Tudo Verdade’ exibe 77 filmes até dia 10 de abril 

Considerado um dos festivais de documentários mais importantes do Brasil, o “É Tudo Verdade” teve início no dia 31 de março, de forma presencial (em São Paulo e no Rio de Janeiro) e online. A 27ª edição do festival internacional é gratuito e traz uma programação com 77 filmes documentários, brasileiros e estrangeiros, entre curtas e longas-metragens. Todos são inéditos. 

O festival segue até o dia 10 de abril, e no formato online poderá ser conferido nas plataformas É Tudo Verdade Play, Itaú Cultural Play e Sesc Digital. Acesse o site etudoverdade.com.br e saiba mais. 

Alguns dos títulos que serão exibidos: “Quando uma cidade se levanta”, “Quando falta o ar”, “Os caras do estreito”, “Prisma”, “A apropriação”, “Relações próximas”, “JFK Revisitado: Através do espelho”, “Um jóquei cearense na Coreia” e “Navalny”.

Autor

Felipe Brida
Jornalista e Crítico de Cinema. Professor de Comunicação e Artes no Imes, Fatec e Senac Catanduva