Impostos pesados

Duas reportagens desta edição mostram o peso dos impostos nas costas do cidadão. Na página 3, fica fácil constatar isso à medida que os repasses estaduais feitos pelo Governo do Estado de São Paulo ao município crescem paulatinamente. Este ano, aliás, o salto está sendo significativo, a começar pelo ICMS, que aumentou 20% no comparativo traçado entre janeiro e setembro deste ano e o mesmo período do ano passado.

ICMS é a sigla que identifica o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. Ele está quase oculto, mas está ali, taxando as transações.

Outro ponto a ressaltar: o montante recebido pela Prefeitura até aqui, este ano, é o dobro do que há dez anos e um recorde para esse período ao longo da última década. A tendência é que o município feche o ano com um novo patamar de valores recebidos por sua cota-parte do ICMS, IPVA e outros tributos.

Na página 5, outra matéria mostra que a taxa de coleta de lixo lançada pela Saec ficará cerca de 11% mais cara. O carnê ainda está chegando na casa das pessoas e muitas delas sequer perceberão o aumento – por não se lembrarem mesmo ou porque, em muitos casos, os valores são quase irrisórios.

Ainda assim, é possível constatar a elevação no montante global dos carnês, que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,3 milhões, ainda que a expectativa de recebimento pela autarquia seja inferior. Alguns chamam isso tudo de custo Brasil, porque é literalmente o preço que pagamos por viver aqui, em meio a tantas taxas, impostos e outras cobranças, sem nem sempre desfrutar de serviços públicos de qualidade.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.