O brasileiro já pagou R$ 1,4 trilhão em impostos este ano, de 1º de janeiro até ontem, 4 de julho, às 12 horas. Já os catanduvenses pagaram R$ 68,8 milhões no mesmo período somente em impostos municipais. Os dados são do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo.

Conforme reportagem desta edição, a alta dos impostos que entram nos cofres públicos parece que segue a galope, na casa de 20% ao ano, ao menos no que se refere aos tributos estaduais em São Paulo, pois eles subiram 18% no primeiro semestre deste ano, na comparação com os primeiros seis meses do ano passado: de R$ 58,8 milhões para R$ 69,5 milhões. Os dois principais são o ICMS e o IPVA: o primeiro subiu 23% e o segundo 11% no mesmo período, ajudando a inflar as contas da Prefeitura.

Se a tendência de crescimento anual for mantida, 2022 poderá registrar novo recorde, já que em 2021 inteiro Catanduva recebeu R$ 104,2 milhões em tributos estaduais, superando a arrecadação de R$ 89,5 milhões de 2019, até então a mais alta da série histórica iniciada em 1995. Muito além do que a apuração fria de números e percentuais, é preciso analisar também de que forma esse dinheiro está retornando à sociedade, se é que está, pois com tanto dinheiro chegando os serviços públicos deveriam ser minimamente satisfatórios, em especial nas áreas da educação, saúde, transporte público e segurança.

Neste quesito, o Brasil ocupa a 30ª colocação no Irbes – Índice de Retorno e Bem-Estar Social, liderado pela Irlanda, Estados Unidos e Suíça, nesta ordem. Tal análise, que pode ser deveras subjetiva, muitas vezes é evidente, sobretudo quando se paga impostos demais e o retorno é de menos.