O transplante de coração em tempo recorde feito pela equipe do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de Rio Preto, é um daqueles casos que podem ser colocados na prateleira de histórias surpreendentes. A primeira sensação que fica é que estava escrito nas estrelas que aquele coração seria da pequena Ana Lívia Prado, para salvar sua vida. Não é comum e, se fosse, não seria notícia de jornal, o fato de um órgão tão raro aparecer em tempo tão curto, a partir da inserção da menina na lista de espera para transplante. Foram apenas 5 horas. A partir daí, chama a atenção também a corrida contra o tempo de gestores da Funfarme/HCM e dos profissionais de saúde para que o coração disponível em um local tão distante chegasse em condições para ser transplantado para a paciente. Isso envolveu a locação de um jato e corre-corre das equipes médicas. E, felizmente, ao que parece, a história toda terá final feliz, pois apesar de ainda estar internada, Ana Lívia tem estado de saúde estável. Ainda sobre o HCM, outra matéria, esta na edição de hoje, relata cirurgia inédita para correção da malformação mielomeningocele em bebê ainda no útero da mãe. Foi a primeira intervenção do tipo no Noroeste Paulista, um marco para a instituição e importante avanço no conhecimento para a equipe médica. Com isso, o HCM vai se consolidando como centro médico de alta complexidade. A unidade é especializada em pediatria e em obstetrícia e referência nacional em cardiologia e cirurgia cardiovascular pediátrica, gestação de alto risco e medicina de alta complexidade. Sua cobertura engloba 102 municípios, o que inclui Catanduva e todas as cidades da região.