Mesmo com toda a tecnologia dos dias de hoje, ainda há pessoas que custam a encontrar familiares desaparecidos. Os parentes vão se desgarrando, as famílias se ramificando e, quando se percebe, alguém não está mais na lista de contatos próximos. Tempos atrás, isso era ainda mais comum devido às migrações populacionais, sobretudo do Nordeste para São Paulo. As pessoas simplesmente ganhavam o mundo, saindo de ônibus, muitas vezes só com a roupa do corpo e poucos pertencentes, alimentadas pela fé e coragem. O celular não era bem de uso comum como hoje em dia e as redes sociais não existiam nem mesmo nos filmes futuristas. Ou seja, reencontrar alguém que saiu em busca de um sonho e de uma vida melhor tornava-se um desafio. A história contada nesta edição, do serralheiro José Nilton Ferreira da Silva, 62 anos, que mora em São Bernardo do Campo e há anos procura por suas irmãs, as gêmeas Marli e Marlene, é apenas uma de tantas outras. Mas cada uma delas tem a sua importância, pois elas sempre carregam muito amor, saudade e esperança. É com essa fé que a família de José Nilton fez contato com a nossa reportagem, buscando ajuda na busca pelas duas irmãs desaparecidas, que podem estar em Catanduva. Quem sabe a corrente do bem iniciada ontem pela rádio Vox FM e reforçada hoje por O Regional, em sua edição impressa e nas redes sociais, não contribua para que essa família possa se reencontrar e celebrar a Páscoa reunida? Por isso, quem tiver alguma informação sobre as irmãs gêmeas Marli e Marlene, entre em contato com a gente. Queremos muito que essa história tenha um final feliz e encoraje outras pessoas a lutarem pelo amor.