Faltou sincronia ou boa vontade nesse processo de devolução do prédio histórico da rua Amazonas, onde estava o Palácio da Educação, ao Governo do Estado. Até onde consta, o pedido de desocupação foi feito em 2023 com indicação de prazo para janeiro de 2024. O primeiro a abordar o tema foi o prefeito Padre Osvaldo, em entrevista à Vox FM, antecipando que a Secretaria de Educação precisaria mudar de endereço e que no prédio que seria alugado seria possível instalar até o futuro curso de Medicina do Imes Catanduva, plano que mudou depois. De qualquer forma, a liberação do prédio atrasou e só aconteceu em agosto do ano passado, ou seja, oito meses depois do prazo indicado inicialmente. Apesar de toda essa “demora” do município, ao que parece o governo estadual não fez nada esse tempo todo para receber o prédio que ele mesmo havia pedido. Poderia ter antecipado o processo de transferência para a Polícia Militar, que é quem usará o imóvel, e até iniciado a licitação para reforma, se for essa a pretensão. Nada disso aconteceu e lá está o prédio, vazio desde agosto, esperando por sua nova destinação. Basta refletir. Quando o pedido de devolução foi feito, o Estado já não deveria ter tudo definido para dar nova finalidade ao espaço? A não ser que, na realidade, não tenha sido um pedido do Estado, mas uma devolução do município por espontânea vontade. Se isso vier à tona, mudaria todo o contexto da história. Desde que a Secretaria de Educação foi retirada daquele local e abrigada em um imóvel alugado, o município já pagou mais de R$ 250 mil em aluguéis, valor que chegará a meio milhão ao final de um ano. Aliás, se a prefeitura tivesse de fato desocupado o prédio em janeiro do ano passado, a essa altura já teria gastado mais do que isso. Para concluir, são dois pontos terríveis a destacar. Primeiro, esse gasto poderia ter sido evitado, já que o prédio da rua Amazonas continua abandonado. E, segundo, pagar meio milhão de aluguel em 1 ano significa a construção de um prédio próprio no período. Por que alugar?