A adolescência é marcada por mudanças corporais e comportamentais significativas.

Do ponto de vista psíquico, estamos falando de alguém que após o complexo de édipo passa por uma fase de calmaria onde a alfabetização está em seu auge, lhe toma tempo e o prepara para experenciar as primeiras vivências do édipo que neste período retorna identificado por mudanças corporais e psíquicas significativas preparando o adolescente para a vida adulta.

Freud fala deste período como início do processo da escolha do objeto baseado nas vivências da infância e que marcam a necessidade de desistir dos pais para ingressar na experiência social. O intenso trabalho psíquico impõe um tempo de retomada e transformação do patrimônio da sexualidade infantil que exige ter que lidar com desejos, medos e sentimentos por vezes contraditórios a partir de um físico que se modifica rapidamente e que exige transformação e amadurecimento.

Quem sou eu e o que está acontecendo comigo ocupam lugar em seu mundo interno e lhe tomam tempo onde se ocupar com estas perguntas e se empenhar na busca de respostas exige e faz a fase ser marcada por repetições, conquistas e perdas, um período de contrariedades que não necessariamente diz respeito a algo difícil mas sim a um conjunto de vivências carregadas de incertezas, um momento decisivo dos quais os pais devem estar presente e serem parceiros, sobretudo conversando sobre tudo sem medo e imposição, sempre a partir dos acontecimentos da rotina que exigem esclarecimento e direcionamento.

O equilíbrio psíquico neste período “inflamado” divide as fases da própria adolescência em períodos, sobrevoando o futuro amadurecimento pela conquista da subjetividade e individualidade que ocasionam grandes mudanças, necessitando de pais presentes e compreensivos, que consigam estar por perto sem sufocar.

Música, “Stop” Spice Girls.