Dois monstros gigantes do passado voltaram a fazer enorme sucesso: tanto o icônico King Kong, o enorme gorilão do ano de 1933, que teve várias refilmagens americanas, quanto o lagarto gigante e radioativo japonês, Godzilla, desde sua primeira aparição em 1954. O dinossauro que destruiu Tóquio várias vezes teve uma refilmagem nipônica brilhante ano passado, Godzilla Minus One, ganhador do Oscar de efeitos visuais. Tanta monstruosidade fez com ambos se encontrassem várias vezes ao longo dos anos.

Continuação direta de Godzilla vs Kong (2021), Godzilla e King Kong: O Novo Império, de Adam Wingard, também diretor do anterior, torna a reunir os dois monstros. Enquanto o macaco gigante ficou na Terra Oca, o lagartão japonês, agora meio que aliado dos humanos, anda pelas ruas do mundo, em algum tipo de combate como uma aranha gigante atacando Roma, por exemplo.

Até que Kong volta à superfície, por causa de uma prosaica dor de dente. A cientista Ilene Andrews (Rebecca Hall), uma das responsáveis por manter o macacão longe de Godzilla, para evitar incidentes destruidores, chama o veterinário Caçador (Dan Stevens), para enfrentar o problema. Mas antes que Kong possa voltar para o centro do mundo, por uma passagem no meio do oceano, a cientista percebe que algo naquele mundo ameaça a Terra da superfície.

Enquanto isso, continuando seu giro turístico pela superfície, Godzilla ruma para a França, onde irá recarregar com energia nuclear os espinhos nas costas. Detalhe: uma breve cena mostra os dois ícones numa praia do Rio de Janeiro, com Cristo Redentor e tudo, inclusive ilustrando o pôster nacional. De fato, o Brasil passa a fazer parte do trajeto turístico dos kaijus, como são conhecidos os monstros gigantes no Japão.

Além da Drª Andrews, o filme conta com um blogueiro especialista em monstro chamado Bernie (Brian Tyree Henry) e o piloto Mikael (Alex Ferns). Mais uma vez, entretanto, o único humano relevante na história será a menina Jia (Kaylee Hottle), filha adotiva da cientista. Última de uma tribo capaz de ler pensamentos, ela tem a capacidade de se comunicar com os monstros, principalmente Kong.

Como era de se esperar, num filme de monstros, os protagonistas são mesmo Godzilla e King Kong. A produção tem uma profusão de outros seres inesperados, novos e antigos monstros, como a mariposa gigante Mothra, dos velhos filmes japoneses da Toho.

Depois de terem se enfrentado no filme anterior, Godzilla e Kong terão de unir forças dessa vez, para enfrentar um inimigo comum e mais poderoso: Skar King, um vilão original dentro do Monstroverse, desenvolvido pela Legendary.

Um universo que, com certeza, irá continuar em novos filmes.